MULTA PENDENTE É IMPEDITIVO
O regulamento do Paulista impede o cadastro de um novo técnico enquanto não houver um acordo do clube com o antigo. O treinador de 61 anos foi demitido na segunda-feira (5), após comandar o Alvinegro paulista nas cinco primeiras rodadas do Estadual, amargando quatro derrotas seguidas.
Para a substituição de um treinador cadastrado, o Clube deverá comprovar a quitação ou formalização do acordo de rescisão trabalhista do profissional dispensado. Parágrafo 2º do artigo 26 do Regulamento Específico do Paulista.
No caso, Mano e Corinthians ainda estão negociando os termos da rescisão. O UOL ouviu que o processo é demorado e que costuma durar dias.
O clube do Parque São Jorge corre para se resolver com Mano. O Corinthians formalizou na manhã desta sexta-feira (9) a primeira oferta para se resolver com o ex-treinador, de acordo com apuração do colunista Bruno Andrade.
Só então o Alvinegro paulista poderá inscrever António Oliveira. O treinador português já está em São Paulo e comandou o treino desta manhã. No entanto, o Cuiabá criticou a postura do Corinthians e disse que o clube paulista ainda não pagou a multa de António -de cerca de R$ 1,1 milhão.
REGULAMENTO JÁ FOI "VILÃO"
O Corinthians esbarrou no regulamento para trazer Márcio Zanardi, técnico do São Bernardo. Ele era o principal candidato para assumir o cargo logo após a demissão de Mano.
No entanto, o clube voltou atrás porque o regulamento do Paulistão também veda que técnicos sejam inscritos por duas equipes na mesma edição. Zanardi já havia comandado o São Bernardo nas rodadas iniciais e, inclusive, vencido o Corinthians no duelo entre os times na terceira rodada.
"É vedada ao clube a contratação de treinadores que já tenham atuado por outro clube no Campeonato Paulista de Futebol Profissional da Primeira Divisão - Paulistão Sicredi da temporada de 2024", estabelece Inciso 3º do artigo 26 do Regulamento Específico do Paulistão.
O UOL apurou com integrantes da FPF que o Corinthians, caso descumprisse o regulamento, poderia ser multado e correria risco de exclusão do Paulistão de 2025. A punição financeira é determinada pela entidade, enquanto a possível exclusão após seguidos descumprimentos viria do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo.