A avó e amigos da famĂlia do menino Jhemerson de Jesus Belmonte, de 2 anos, arrecadou em 5h os valores para conseguirem realizar o velório e enterro da criança, que morreu nesta segunda-feira (12), após 20 dias em coma.
De famĂlia pobre, eles alegavam não ter condições de arcar com as despesas. O valor levantado foi de R$ 2,5 mil, que seriam suficientes para os procedimentos. O local do velório e sepultamento ainda não foi divulgado.
Ao Jornal Midiamax, a avó materna da criança disse que esteve no hospital nesta segunda no horĂĄrio da visita. PorĂ©m, ao chegar em casa, recebeu a notĂcia da morte. "Estive com ele, peguei no colo, mas ele morreu", disse a avó, emocionada.
HĂĄ dias a famĂlia dizia que o estado de saĂșde da criança era irreversĂvel. Mas o Hospital realizou protocolo de morte encefĂĄlica e o resultado deu inconclusivo. Segundo as informações, o menino apresentou atividade elĂ©trica durante o eletroencefalograma.
O bebĂȘ apresentava lesões no crânio, pulmão, fĂgado e lĂquido no abdômen. A PolĂcia concluiu que ele foi espancado. A mãe, de 19 anos, e o padrasto, de 24, são apontados como responsĂĄveis pelas agressões. O casal foi preso no dia 1° de fevereiro.
O caso ganhou repercussão depois que o menino, de apenas dois anos, foi internado na Santa Casa de Campo Grande. Ele foi levado para o hospital por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de UrgĂȘncia), que foi acionada para socorrer uma criança que sofreu uma queda em via pĂșblica.
Segundo a PolĂcia Civil, no hospital, a mãe, uma jovem de 19 anos, apresentou outra versão. Aos mĂ©dicos ela disse que o filho caiu enquanto brincava em casa com a irmã mais velha, de 4 anos. O relato chamou a atenção dos mĂ©dicos, que acionaram a polĂcia após constarem que as lesões eram incompatĂveis com a explicação apresentada por ela.
A delegada responsĂĄvel pelas investigações, Nelly Gomes dos Santos Macedo, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), afirma que, em todas as versões apresentada à PolĂcia Civil, a mãe tentou inocentar o padrasto, de 24 anos. "Ela tentou defender ele apresentando versões que o tiraram das cenas", relata.
Mesmo com o depoimento da mãe, que dizia que o companheiro não estava presente no momento da suposta queda, as investigações revelaram que o suspeito estava na casa onde ocorreram os fatos. Testemunhas tambĂ©m confirmaram terem visto o homem no local.
O casal - que tentou despistar a polĂcia apresentando versões diferentes sobre o caso - foi preso no dia 1° de fevereiro, em cumprimento de mandados de prisão temporĂĄria realizado por policiais da DEPCA. Mesmo após as investigações apontarem a autoria do crime, a mãe e o padrasto segue sem admitir as agressões.