Família arrecada em 5h dinheiro para enterro de criança de 2 anos agredida pela mãe e padrasto

Criança ficou 20 dias em coma na Santa Casa; mãe e padrasto negam as agressões

Criança foi internada por 20 dias em coma na Santa Casa (Reprodução, Redes Sociais)

Criança foi internada por 20 dias em coma na Santa Casa (Reprodução, Redes Sociais)

A avó e amigos da família do menino Jhemerson de Jesus Belmonte, de 2 anos, arrecadou em 5h os valores para conseguirem realizar o velório e enterro da , que morreu nesta segunda-feira (12), após 20 dias em coma.

De família pobre, eles alegavam não ter condições de arcar com as despesas. O valor levantado foi de R$ 2,5 mil, que seriam suficientes para os procedimentos. O local do velório e sepultamento ainda não foi divulgado.

Ao Jornal Midiamax, a avó materna da criança disse que esteve no hospital nesta segunda no horário da visita. Porém, ao chegar em casa, recebeu a notícia da morte. "Estive com ele, peguei no colo, mas ele morreu", disse a avó, emocionada.

Há dias a família dizia que o estado de saúde da criança era irreversível. Mas o Hospital realizou protocolo de morte encefálica e o resultado deu inconclusivo. Segundo as informações, o menino apresentou atividade elétrica durante o eletroencefalograma.

O bebê apresentava lesões no crânio, pulmão, fígado e líquido no abdômen. A  concluiu que ele foi espancado. A mãe, de 19 anos, e o padrasto, de 24, são apontados como responsáveis pelas agressões. O casal foi preso no dia 1° de fevereiro. 

Suspeita de agressão e tentativa para despistar polícia


O caso ganhou repercussão depois que o menino, de apenas dois anos, foi internado na Santa Casa de . Ele foi levado para o hospital por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que foi acionada para socorrer uma criança que sofreu uma queda em via pública.

Segundo a Polícia Civil, no hospital, a mãe, uma jovem de 19 anos, apresentou outra versão. Aos médicos ela disse que o filho caiu enquanto brincava em casa com a irmã mais velha, de 4 anos. O relato chamou a atenção dos médicos, que acionaram a polícia após constarem que as lesões eram incompatíveis com a explicação apresentada por ela.

A delegada responsável pelas investigações, Nelly Gomes dos Santos Macedo, da DEPCA (Delegacia Especializada de  à Criança e ao Adolescente), afirma que, em todas as versões apresentada à Polícia Civil, a mãe tentou inocentar o padrasto, de 24 anos. "Ela tentou defender ele apresentando versões que o tiraram das cenas", relata.

Mesmo com o depoimento da mãe, que dizia que o companheiro não estava presente no momento da suposta queda, as investigações revelaram que o suspeito estava na casa onde ocorreram os fatos. Testemunhas também confirmaram terem visto o homem no local.

O casal - que tentou despistar a polícia apresentando versões diferentes sobre o caso - foi preso no dia 1° de fevereiro, em cumprimento de mandados de prisão temporária realizado por policiais da DEPCA. Mesmo após as investigações apontarem a autoria do crime, a mãe e o padrasto segue sem admitir as agressões.