Além de Promes, um cúmplice de 32 anos do atleta também foi considerado culpado no processo. A participação do jogador no esquema foi descoberto pelas autoridades por meio de grampos telefônicos. De acordo com o jornal holandês De Telegraaf, o Ministério Público do país pediu nove anos de prisão ao atacante. Ele, que mora na Rússia, não estava presente no julgamento e vai recorrer da decisão emitida nesta quarta-feira pelo Tribunal de Amsterdã.
Ainda de acordo com o MP da Holanda, Promes teve papel direito na coordenação e no financiamento da operação. As investigações indicaram que o atacante investiu cerca de 75 mil euros para o transporte da droga. O jogador não colaborou com a Justiça e não foi interrogado sobre o caso, sendo condenado à revelia com base nos indícios de participação no crime.
Promes já havia sido condenado a 18 meses de prisão, em junho do ano passado, por esfaquear o primo no joelho em uma festa de família, em uma cidade perto de Amsterdã, em 2020. A polícia soube do incidente porque estava grampeando o telefone do jogador como parte da investigação sobre tráfico de drogas. À época da condenação, ele também não esteve presente no tribunal.
A sentença para este tipo de crime normalmente seria de um ano, mas os juízes optaram por uma punição mais longa porque o atacante, por ser um jogador de futebol, é uma "celebridade" e, assim, "dá o exemplo aos outros".
No início de 2021, Promes trocou o Ajax pelo Spartak Moscou, onde já havia jogado por quatro temporadas (2014 a 2018). No mesmo ano, foi à Eurocopa com a seleção holandesa como reserva e, desde então, não foi mais convocado. Ao longo de sua carreira, o atacante fez 50 partidas oficiais pela seleção da Holanda, balançando as redes por sete vezes.