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Cientista de MS

Cientista de MS faz sucesso nas redes sociais ao falar de neurotecnologia de maneira descomplicada

Com milhões de visualizações em seus vídeos, Luiz Fernando da Silva Borges, de apenas 26 anos, já possuí até um asteroide batizado com seu nome 'Dasilvaborges'.


Com milhões de visualizações em seus vídeos, Luiz Fernando da Silva Borges, de apenas 26 anos, já possuí até um asteroide batizado com seu nome 'Dasilvaborges'. Cientista sul-mato-grossense ganha destaque ao falar de neurotecnologia

Neurotecnologia! Só de ler a palavra bate um nervosismo e uma série de perguntas. O que é isso? Como funciona? Como entender algo que parece tão complexo? Em uma explicação rápida, a neurotecnologia é qualquer tecnologia que exerce influência na compreensão que as pessoas têm do cérebro e dos vários aspectos da consciência, do pensamento e demais atividades cerebrais de alto nível. Veja o vídeo acima.

E foi pensando em explicar como essa ciência funciona, que Luiz Fernando da Silva Borges, de 26 anos, resolveu apostar nas redes sociais, para conversar com pessoas que têm interesse e curiosidade sobre o assunto.

Em vídeos descontraídos e com uma linguagem simples e clara, o cientista começou a gerar conteúdos há menos de 2 meses, e já conta com 133 mil seguidores.

"Eu pensei assim, poxa, tinha que ter algum lugar para falar sobre isso. Então eu fiz um compromisso comigo mesmo, no dia 21 de dezembro, eu falei, a partir de hoje, eu vou postar um vídeo por dia falando sobre neurotecnologia, falando sobre interface cérebro-máquina. Ou seja, o nicho do nicho", conta Luiz Fernando.

Luiz Fernando da Silva Borges, de 26 anos.

O estudante de engenharia de computação no Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli), esclarece que no início achou que teria pessoas acompanhando seus vídeos, mas não esperava a dimensão que tomou.

"Eu estava otimista com a ideia, mas sendo bem sincero, não imaginava todo esse engajamento, as pessoas querem consumir mais conteúdos de ciência. O alcance do perfil hoje, em questão de contas que tiveram acesso ao conteúdo que eu postei, é de 4 milhões. E milhares de pessoas começaram a me mandar mensagens pedindo curso introdutório, para falar sobre neurociência, sobre neurotecnologia, interface cérebro-máquina, pessoas dispostas a pagar por esse tipo de conteúdo, isso foi o que mais me surpreendeu".

E foi a partir de muitos pedidos e do desejo de tornar a ciência um assunto cada vez mais acessível que o cientista resolveu lançar um curso sobre o assunto.

"E eu decidi, por causa disso, criar um curso introdutório sobre neurotecnologia que vai explicar do início até o fim, um conceito básico de neurociência. Não quero que ninguém saia falando que usa 10% da capacidade cerebral".

Pesquisas

Desde 2015, Luiz Fernando desenvolve pesquisas na área de interface cérebro-máquina.

Além dos vídeos que começaram recentemente, desde 2015, Luiz Fernando desenvolve pesquisas na área de interface cérebro-máquina.

Uma nova área da neurociência que estabelece uma série de técnicas de como medir atividade cerebral, enviar essa atividade cerebral para um computador e fazer esse computador entender o que aquele cérebro está pensando.

"Em 2016 recebi a maior premiação da área de engenharia biomédica da maior competição de ciência e engenharia do mundo: a International Science and Engineering Fair. Na ocasião, fui premiado pela criação de um novo método de controle e restauração de sensibilidade tátil para próteses robóticas de antebraço".

Filho único de um soldado bombeiro e de uma professora do Ensino Fundamental, Luiz Fernando, desenvolveu um computador que por meio de eletrodos estabelece a interface cérebro-computador para comunicação com pessoas inicialmente classificadas em estado vegetativo ou coma. Como mágica, a máquina capta pensamentos e os transforma em ações ou palavras, detectando modulações voluntárias em registros em tempo real de atividade cerebral, a fim de promover um canal de comunicação entre a equipe médica/família e o paciente.

"Muitas pessoas são classificadas erroneamente em um coma ou estado vegetativo pois estão completamente paralisadas, incapazes de responder com movimentos os comandos do médico que está fazendo a avaliação. Estou desenvolvendo uma técnica capaz de identificar mudanças voluntárias na atividade cerebral de pessoas que foram consideradas em coma ou estado vegetativo e usar isso para que essas pessoas possam responder "sim" e "não" a perguntas".

Perfil

Luiz Fernando da Silva Borges desenvolveu pesquisas e tecnologias na área de Engenharia Biomédica com modelagem estatística de processos termodinâmicos para amplificação de DNA; próteses robóticas de membro superior com feedback tátil; dispositivos de monitoramento do sono para a regulação do ciclo circadiano e interfaces cérebro-máquina de loop fechado embarcadas em sistemas de processamento distribuído para a comunicação com pessoas inicialmente classificadas em estado vegetativo ou coma.

Com mais de 60 prêmios nacionais e internacionais, recebeu o prêmio concedido pelo MIT Lincoln Laboratório, por meio do programa Ceres Connectione tendo seu nome submetido ao International Astronomical Union (IAU) que nomeou o asteroide 33503 como Dasilvaborges, em sua homenagem.


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