Segundo as investigações da PolĂcia Federal (PF), o militar teria participado da tentativa de golpe de Estado no nĂșcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. O major foi alvo de busca e apreensão - autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes - na Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF na semana passada. Por decisão da Justiça, o militar estĂĄ proibido de manter contato com os demais investigados e de sair do paĂs.
De acordo com a PF, Angelo Martins Denicoli pertencia ao nĂșcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, composto tambĂ©m pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; Fernando Cerimedo; Ăder Lidsay Magalhães Balbino; HĂ©lio Ferreira Lima; Guilherme Marques Almeida; SĂ©rgio Ricardo Cavaliere de Medeiros; e TĂ©rcio Amaud Tomaz.Segundo as investigações, eles teriam atuado, prioritariamente, na produção, divulgação e amplificação de notĂcias falsas e de "estudos" sobre a falta de lisura das eleições presidenciais de 2022, bem como sobre supostos registros de votos após o horĂĄrio oficial e inconsistĂȘncias no código-fonte das urnas. De acordo com a PF, eles teriam a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quartĂ©is e de instalações das Forças Armadas no intuito de criar o ambiente propĂcio para a execução de um golpe de Estado.