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Vereador acusado de desviar R$ 2 milhões tenta suspender demissão de prefeitura

Os desvios teriam ocorrido enquanto servidor municipal

Por Midia NAS em 17/02/2024 às 09:55:28
Vereador Cido Santos (Reprodução, Câmara de Caarapó)

Vereador Cido Santos (Reprodução, Câmara de Caarapó)

O vereador Aparecido dos (PSDB), conhecido como Cido dos Santos, tenta na Justiça suspender um procedimento administrativo a que respondeu pela Prefeitura de Caarapó, cidade que fica a 273 quilômetros de . Ele chegou a ser preso pelos crimes que teria cometido contra a administração pĂșblica.

No pedido, a defesa alega que Cido não foi comunicado do procedimento instaurado pelo MunicĂ­pio. Na peça, Ă© apontado que Cido teria sido procurado por moradores da cidade, questionando sobre descontos de ITBI e IPTU, sendo que algumas guias não foram pagas.

O vereador afirmou que não foi intimado e a defesa então fez pedido de liminar para suspender o procedimento, que resultou na penalidade de demissão do  pĂșblico.

TambĂ©m foi feito pedido para encaminhar ordem para a Câmara de Vereadores de Caarapó para suspender qualquer procedimento interno para cassação do mandato em vista das alegações de vĂ­cios processuais administrativos.

Os pedidos de liminar foram negados pelo juiz Pedro Henrique Freitas de Paula, da 1ÂȘ Vara de Caarapó.

Junto com Aparecido, Marcelo do Nascimento Silva tambĂ©m foi alvo da Operação Telonai em julho de 2023, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Operação Telonai

Presos na Operação Telonai, o vereador Aparecido dos Santos (PSDB) e o servidor Marcelo Nascimento são investigados por desvio de impostos arrecadados pelo municĂ­pio, no valor de R$ 2 milhões.

O prefeito AndrĂ© Nezzi (PSDB), um dos responsĂĄveis por denunciar o crime, disse ter acompanhado as operações, mas não chegou a ter acesso aos depoimentos.

Durante busca e apreensão na residĂȘncia de Cido, policiais encontraram um revólver calibre 38. AlĂ©m da arma de fogo, encontraram 32 munições calibre 38 e trĂȘs munições calibre 22.

A princĂ­pio, a  agia desviando os valores dos impostos de ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) e IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

Isso acontecia com pagamentos agendados. Após o agendamento, os servidores davam baixa e era feita emissão de certidão negativa de dĂ©bitos tributĂĄrios, sendo incorporado ao patrimônio particular os valores pagos.

Os suspeitos teriam feito mais de 4.600 estornos de pagamento. Com isso, teriam desviado R$ 2.299.575,39.

O nome da operação, Telonai, vem da palavra grega para publicano, que era o nome dado ao coletor de impostos do Estado Romano, cargo por vezes exercido com grande arbitrariedade.

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