O programa Hora H do Agro deste sábado, 24, analisou a proposta que o governo da Dinamarca recebeu para taxar fazendas como uma forma de atingir as metas climáticas do país. Na prática, a medida cria um imposto sobre o carbono emitido e obriga um pagamento sobre a produção agrícola em até 750 coroas (o equivalente a R$ 538 por tonelada equivalente de CO2 emitido). Outro tema em destaque foi o impacto no agro da crise entre Brasil e Israel após o presidente Lula comparar a ação do país na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Ainda no cenário externo, mais um país aderiu aos protestos de agricultores da Europa contra a Agenda 2030. Desta vez os produtores da República Tcheca se juntaram às manifestações, que só em 2024 já alcançam 17 países. No agro, um dos assuntos abordados foi o mercado de terras agrícolas, que no Brasil, registrou uma valorização de 3,2% em 2023. A tendência de preços da soja e as perspectivas para o setor do leite, que já tem produtores vendendo animais para pagar as contas, também estiveram em pauta.
Um grupo de especialistas sugeriu nesta semana que o governo da Dinamarca crie uma taxação sobre as fazendas para que as metas climáticas estabelecidas pelo país sejam alcançadas. Na prática, essa proposta cria um imposto sobre o carbono emitido e taxa a produção agrícola em até 750 coroas (o equivalente a R$ 538 por tonelada equivalente de CO2 emitido). A proposta ocorre em um momento em que agricultores de diversos países da Europa protestam há mais de um mês contra, por exemplo, a imposição de regras ambientais que inviabilizam a atividade. Confira a análise do cientista político Christian Lohbauer sobre o tema!
Um levantamento realizado pela S&P Global Commodities Insight indica que no último trimestre de 2023, o preço médio das terras agrícolas no Brasil registrou uma leve alta em comparação com o trimestre anterior. No acumulado de 2023, a empresa afirma que houve menor negociação em relação a 2022. Mas, apesar disso, houve uma alta de 3,2% no valor das terras. A queda do preço das commodities e os impactos na rentabilidade agrícola explicam os negócios mais “mornos”. O que esperar para este mercado em 2024? Confira a análise do diretor da Céleres Anderson Galvão.
O preço da soja vai subir? Essa é uma das principais perguntas realizadas por agricultores neste momento. Isso porque apesar da queda nas projeções de safra, os preços do grão continuam em queda. O consultor agro do Itaú BBA, Cesar de Castro Alves, revela que no curto prazo não há expectativa de alta das cotações, já que a América do Sul terá uma safra maior, considerando a produção do Brasil e Argentina. Confira a análise do especialista!
Produtores de leite da região de Pompéu, em Minas Gerais, estão sendo obrigados a vender os animais para pagar as contas. A crise no setor leiteiro também atinge a cidade, que ocupa a posição de quinta maior produtora de leite do Brasil. Entre os principais motivos para as dificuldades dos pecuaristas está o alto volume importado de lácteos do Mercosul, que estão “inundando” o mercado brasileiro. O vice-presidente da Comissão de Pecuária Leite da CNA, Jônadan Ma, revela que, em fevereiro, as compras internacionais de lácteos estão 345% maiores que no mesmo período do ano anterior, o que reforça a crise no setor. Confira!