A família de uma menina de dois anos internada na Santa Casa de Campo Grande está acusando o hospital de possível erro em um procedimento médico que deixou a criança com sequelas graves.
De acordo com a versão da família, a criança fazia tratamento de pneumonia e sofreu uma parada cardíaca após ter uma membrana do coração perfurada.
A paciente deu entrada na enfermaria do hospital andando e conversando, sendo que no dia 2 de novembro a equipe médica avisou que a menina teria de fazer um acesso central para continuar o tratamento.
Com isso, o médico passou o acesso entre o coração e uma capa, que serve como um lubrificante para o coração bater, furou e injetou o líquido no coração da paciente. Entretanto, a menina sofreu uma parada cardiorrespiratória logo depois.
Aos familires, a equipe médica informou que a criança pode ter sequelas, como nunca mais conseguir andar.
Em nota, a Santa Casa de Campo Grande informou que o procedimento realizado foi “necessário para a criança, porém com riscos potenciais”. Foi aberto um registro no Núcleo de Segurança do Paciente para acompanhamento do caso.
“A família já recebeu o acolhimento do nosso Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) e da Assistência Social, além de toda equipe médica”, completa a nota, acrescentando que a criança está no Leito de Cuidados Intermediários, respirando sem ajuda de aparelhos acompanhada pelo pai.
Desabafo nas redes sociais
O pai da menina usou as redes sociais para pedir por ajuda e reclamar da Santa Casa. A postagem dele foi feita no grupo “Aonde não ir em Campo Grande”, no Facebook. Até a publcação deste texto, a postagem já tinha 1,4 mil curtidas e mais de 300 comentários.
Na versão dele, o médico, ao realizar um acesso central, acabou errando o manejo e furou o coração de sua filha. “Uma criança que chegou brincando, que é animada, com apenas 2 anos, e que pode ficar a vida toda numa cadeira de rodas”, escreveu ele.
Na postagem, o pai também reclamou do atendimento médico. “Se não bastasse, agora no quarto, o período noturno é um completo descaso, não aparece um enfermeiro, tive que ir atrás para ver, pois ela reclama de dor devido às atrofias musculares, médica do plantão nem vi a cara ainda”, complementou ele.