Os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Espanha e outros aliados ocidentais manifestaram oposição ao envio de tropas ocidentais para a Ucrânia, após declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que sugeriu a ideia durante uma reunião em Paris. As declarações de Macron, feitas após uma reunião de líderes europeus, geraram reações no continente e preocupação por parte do Kremlin. Dmitri Peskov, porta-voz do governo russo, considerou que levantar essa possibilidade é um elemento significativo no conflito. Macron organizou uma conferência para angariar apoio à Ucrânia, que enfrenta uma ofensiva russa em seu território há três anos. Recentemente, a Rússia reivindicou a conquista de uma localidade ucraniana e afirmou ter destruído um tanque americano.
Apesar da sugestão de Macron, muitos países aliados de Kiev negaram a possibilidade de enviar tropas. “O presidente Biden deixou claro que os EUA não enviarão tropas para lutar na Ucrânia”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, em um comunicado. Biden acredita que o “caminho para a vitória” é o Congresso aprovar a ajuda militar bloqueada “para que as tropas ucranianas tenham as armas e munições de que necessitam para se defenderem” contra a invasão russa, acrescentou Watson.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsAppO chanceler alemão Olaf Scholz afirmou que não enviará soldados para a Ucrânia, posição compartilhada por outros países europeus e pela Otan. A presença de tropas ocidentais poderia aumentar o risco de confronto direto com a Rússia, segundo Moscou. Apesar disso, Macron propôs a possibilidade de realizar ações específicas para apoiar a Ucrânia, como desminagem de territórios e combate a ataques cibernéticos. Ele destacou cinco áreas prioritárias de cooperação, incluindo segurança e fabricação conjunta de armas. O envio de tropas representa um tabu devido ao risco de escalada com a Rússia, mas as palavras de Macron foram vistas como um importante sinal político de apoio à Ucrânia. No entanto, há dúvidas sobre o apoio contínuo dos EUA, especialmente com a possibilidade de mudança na liderança política do país. As eleições americanas estão marcadas para novembro. As pesquisas apontam favoritismo de Donald Trump, provável candidato do Partido Republicano.
*Com informações da AFP