A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) estĂĄ procurando por um jovem de 24 anos que bateu na própria namorada, de 38 anos, e ainda a estuprou. O crime aconteceu no Ășltimo domingo (25), na casa da vĂtima, no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande.
Conforme a ocorrĂȘncia descreve, a mulher procurou o Centro Regional de SaĂșde (CRS) do bairro Tiradentes, onde relatou ter sofrido as agressões e a violĂȘncia sexual. No local, ela recebeu o tratamento mĂ©dico e a equipe acionou a PolĂcia Militar.
Na segunda-feira (26), ela esteve na Casa da Mulher Brasileira para prestar depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A equipe foi atĂ© o endereço do rapaz, porĂ©m, ele ainda não foi encontrado.
Na sua versão, a mulher contou que Ă© diarista e que conheceu o autor hĂĄ seis meses, sendo que hĂĄ dois meses passaram a namorar e ao longo da Ășltima semana estavam morando juntos. Ela afirmou que nunca notou o comportamento violento nele.
Entretanto, na noite de sĂĄbado (24) teriam discutido por conta de uma peça da motocicleta dela e ele ficou alterado e passou a gritar. Na discussão, a vĂtima chamou o namorado de "moloque" e, na sequĂȘncia, o autor disse que a ensinaria "respeitar homem".
Foi nesse momento que as agressões começaram. O jovem empurrou a mulher contra o sofĂĄ e depois a jogou no chão, pressionando o joelho no pescoço enquanto fazia ameaça de morte. A vĂtima alega que sofreu um golpe conhecido como "mata-leão".
Em seguida, ele pegou um punhal, mas a mulher conseguiu tomar da mão dele e o quebrou. O rapaz começou a dar socos e chutes contra ela, atĂ© que conseguiu escapar e correr para a porta, mas foi impedida de sair pelo autor.
No depoimento, a vĂtima detalhou que o namorado trancou a porta e colocou a chave no seu bolso e voltou a agredir. Ele ainda ligou para a sua mãe e avisou que iria matar a namorada. Antes, porĂ©m, forçou ela a ter relações sexuais.
JĂĄ por volta das 4 horas de segunda-feira, com o autor mais calmo, a vĂtima conseguiu convencĂȘ-lo a ir embora, alegando que não iria procurar a polĂcia para denunciĂĄ-lo, apesar disso, o jovem levou o celular dela e trancou o portão.
Para conseguir fugir, a vĂtima pulou o muro da casa ao lado e conseguiu ajudar com a vizinha, que a levou para o CRS. O caso foi registrado como lesão corporal, ameaça e estupro no âmbito da violĂȘncia domĂ©stica. Ela teve a medida protetiva concedida.