Número é 18% maior em relação a 2014, quando foram realizados 7.700 procedimentos com órgãos, segundo o Ministério da Saúde
O Brasil registrou 9.136 transplantes de órgãos no Brasil em 2013, o maior índice nos últimos dez anos e 18% a mais do que em 2014, quando foram realizados 7.700 procedimentos, de acordo com o Ministério da Saúde. A quantidade do ano passado equivale a uma média diária de 25 cirurgias por dia.
Dados do ministério ainda apontam um crescimento no número de doadores no país. Entre 2013 e 2022, a quantidade de pessoas dispostas a doar um órgão saltou de 2.562 para 3.522, o que representa um aumento de 37%.
Segundo o Sistema Nacional de Transplantes, a fila para a realização do procedimento exige critérios para elegibilidade, como a compatibilidade de grupo sanguíneo, peso, altura, além, dos critérios de gravidade que formam a prioridade na lista.
Entre janeiro a agosto do ano passado, por exemplo, o tempo de espera para transplante de coração variou entre 30 a 90 dias, de acordo com o ministério. Para 27,5% das pessoas transplantadas neste período, a espera foi menor que 30 dias.
Já para 65 pacientes, equivalente a 29% dos trasplantados, o tempo foi de até 90 dias. De modo geral, uma pessoa espera de 10 a 31 meses para receber um órgão no Brasil.
Nesta semana, o apresentador Fausto Silva passou por um transplante de rim em São Paulo. Há seis meses, Faustão também realizou um transplante de coração devido a um problema de insuficiência cardíaca.
Apesar do recorde, 42.141 pessoas ainda esperam por transplante no Brasil, sendo 92% delas aguardando por um rim. São Paulo (20.497), Minas Gerais (3.718), Paraná (2.400) e Bahia (2.122) são os estados com maior número de pessoas na fila. Entre os órgãos mais demandados em 2023 estão o rim; com 6.116 procedimentos, figado (2.397) e coração (423).
Com um dos maiores sistema público de transplantes do mundo, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos e fornece assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
A lista de transplantes é única e vale tanto para o SUS (Sistema Único de Saúde) como para a rede privada. Além dos critérios técnicos, também podem ser considerados aspectos como a ordem de chegada do paciente, que funciona como método de desempate. Situações de extrema gravidade, como morte e condições clínicas, também contribuem para a posição na fila.
Segundo o Ministério da Saúde, é fundamental que o interessado comunique a família sobre a intenção, para que os responsáveis possam autorizar a retirada dos órgãos e tecidos. A intenção não precisa ser registrada em cartório ou por meio de documentos.
Com a aprovação dos familiares, uma entrevista será realizada para investigar o histórico clínico do possível doador. De acordo com a pasta, a entrevista tem por objetivo avaliar os riscos e garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde.
Fonte: R7