O ex-governador André Puccinelli, pré-candidato do MDB à Prefeitura de Campo Grande, comentou, brevemente, a saída do seu então pupilo, Ulisses Rocha, da presidência do partido. Ulisses não só deixou a presidência, como também se desligou do partido para se filiar ao PP.
"Assalariado, foi para onde pagou mais", declarou Puccinelli. Indagado se já teria um substituto para Ulisses, o ex-governador disse apenas que "ninguém é insubstituível".
Puccinelli bancou a candidatura de Ulisses à presidência do MDB, contrariando os vereadores Dr. Jamal e Dr. Loester, que tinham interesse no comando do partido. Agora, Ulisses sai para se juntar a Adriane Lopes, que deve estar em lado oposto do MDB na eleição de outubro.
Puccinelli afirma que é pré-candidato e que estará na disputa em outubro. Entretanto, há quem aposte, inclusive dentro do próprio partido, que ele desistirá para apoiar o candidato do PSDB, Beto Pereira, em troca de apoio para eleição de senador ou deputado em 2026. Ele, inclusive, já falou desta oportunidade abertamente em um programa de rádio do interior.
O MDB está sem presidente municipal após a saída de Ulisses. Antonieta Amorim é a primeira vice=presidente e assumirá interinamente. Caso não queira, o segundo da lista é Márcio Fernandes. Ele será o responsável por convocar nova eleição.
O vereador Dr. Jamal já disse à reportagem que tem interesse e procuraria André Puccinelli para falar sobre. O ex-governador, por sua vez, disse que Jamal seria um ótimo nome, assim como os demais presidentes.
O presidente estadual do MDB, Waldir Moka, será o responsável por conduzir o processo de transição, orientando a convocação para nova eleição. Ele informou à reportagem que o partido deve agilizar a convocação de novas eleições, ainda para este mês. Todavia, ressaltou que só realizará a eleição quando o partido tiver um consenso, evitando disputa na urna.