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Enfermeiro acusado de estuprar paciente em hospital de Campo Grande Ă© condenado a 8 anos de prisão

O Conselho Regional de Enfermagem absolveu o profissional

Por Midia NAS em 09/03/2024 às 19:49:08

O enfermeiro acusado de estuprar uma paciente internada no Hospital Regional em 2021 foi condenado pela Justiça a 8 anos de prisão. No ano passado, o profissional foi absolvido pelo Coren (Conselho Regional de Enfermagem).

A condenação foi estipulada pela 4ÂȘ Vara Criminal de Justiça, mas mesmo assim, o enfermeiro ainda poderĂĄ recorrer em liberdade. A pena aplicada foi de 8 anos e 6 meses por estupro de vulnerĂĄvel. A sentença foi publicada no dia 1Âș de março deste ano.

A vĂ­tima foi internada no HRMS em 2 de fevereiro de 2021 com sintomas de Covid-19. Dois dias depois, na madrugada do dia 4, às 3 horas, ela foi estuprada pelo enfermeiro após reclamar de problemas para respirar. 

O crime

Consta nos autos do processo que a vĂ­tima estava com dores e o enfermeiro teria arrumado o oxigĂȘnio. Depois, com um óleo, passou a massagear a mulher e a estuprou. Às 5h30 do dia do crime, a vĂ­tima relatou o ocorrido para a mãe.

Pouco tempo depois, a mulher foi atĂ© a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e registrou boletim de ocorrĂȘncia por estupro. O hospital tambĂ©m foi acionado sobre o ocorrido.

Assim, no dia 6 de fevereiro de 2021, a vĂ­tima começou o tratamento psicológico, ainda no hospital. JĂĄ no dia 9 foi encaminhada ao Centro de Atendimento à Mulher e tambĂ©m recebeu alta hospitalar.

No dia seguinte, dia 10 de fevereiro de 2021, a vĂ­tima foi ouvida na Deam. LĂĄ, confirmou os fatos denunciados e o caso chegou atĂ© a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Seccional de Mato Grosso do Sul

Absolvido pelo Coren

O julgamento ocorreu pela Comissão de Ética do Coren, em maio de 2023, e durante todas as audiĂȘncias a famĂ­lia da vĂ­tima pedia pelo fim do registro do agressor. "Eles alegam que não tĂȘm provas suficientes, mas eles sabem o que aconteceu, porĂ©m, desde a denĂșncia houve uma sĂ©rie de erros, como, por exemplo, o hospital trocou ela de quarto e lavou o lençol, tudo isso enquanto eu estava na delegacia fazendo o registro da ocorrĂȘncia. Eu tenho mensagem e prints disso tudo, mas acontece que minha filha Ă© anônima, não Ă© artista que iria dar ibope pra ele. Uma pessoa Ă© presa, algemada por roubar um pacote de bolacha, que Ă© errado tambĂ©m, mas por estupro não acontece nada", reclamou revoltada a estudante de Direito Miria Motta, mãe da vĂ­tima. "Não tem câmera nem particular, quem dirĂĄ no HR que mal tem medicação".

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