Máfia do cigarro: policiais condenados por facilitar contrabando são expulsos de corporação
O policiais foram condenados a penas de prisão superiores a 11 anos.
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O policiais foram condenados a penas de prisão superiores a 11 anos. Auditoria militar apurou a participação dos militares no crime. Policiais foram expulsos da PMMS.
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A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) expulsou da corporação dois policiais por envolvimento com um esquema de contrabando de cigarros. As informações foram confirmadas e publicadas no Diário Oficial do estado nesta segunda-feira (11).
Os militares afastados são Lindomar Espíndola da Silva, que estava na reserva remunerada, e Kelson Augusto Brito Ujacov. Investigação comprovou a participação da dupla como facilitadores de uma espécie de "Máfia do Cigarro", no estado.
A exclusão veio depois da condenação dos dois policiais, que foram presos em 2018 durante a operação Oiketicus, de combate ao envolvimento de agentes de segurança pública com o contrabando de cigarro vindo do Paraguai.
Os homens foram condenados a mais de 11 anos de prisão. Ambos respondem por integrar organização criminosa e por corrupção passiva. O processo corre em sigilo na Auditoria Militar.
Investigação
Conforme as investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), os policiais facilitavam a entrada de cigarros contrabandeados em troca de propina, paga mensalmente.
Em dezembro de 2023, outros sete policiais já haviam sido excluídos da corporação, pelo mesmo motivo.
A operação batizada por "Oiketicus" faz alusão às lagartas desta espécie que constroem uma estrutura com seda e fragmentos vegetais com o formato semelhante a um "cigarro" alongado, que serve para a sua proteção. O "cigarro" vai sendo ampliado com o crescimento do inseto.
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