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Servidores aposentados recusam abono de R$ 300 do Governo de MS em disputa pelo fim da alĂ­quota de 14%

Governo apontou rombo de R$ 11 bilhões na previdĂȘncia estadual aos deputados

Por Midia NAS em 14/03/2024 às 18:33:48
Protesto contra a cobrança de 14%. Imagem Ilustrativa.

Protesto contra a cobrança de 14%. Imagem Ilustrativa.

A Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) recusou a proposta apresentada pelo Governo sobre o desconto de 14% na folha de pagamento referente à PrevidĂȘncia Social. O plano era que os aposentados e pensionistas que recebem dois salĂĄrios mĂ­nimos recebessem um abono de R$ 300, mas a sugestão foi negada e uma contraproposta foi enviada para apreciação do executivo.

Segundo o deputado estadual Pedro Kemp (PT), a proposta do Governo contemplaria 4 mil servidores, nĂșmero que consideraram insuficiente para atender ao pedido dos servidores inativos.

O parlamentar afirmou que, nesta quinta-feira (14), a Alems apresentou uma contraproposta para o executivo estadual que deve contemplar atĂ© 11 mil trabalhadores. O dĂ©ficit na previdĂȘncia estadual chega a R$ 11 bilhões e um dos desafios Ă© atender à demanda dos trabalhadores e manter o equilĂ­brio nas contas.

Saiba mais: No inĂ­cio do ano legislativo, aposentados pedem redução no desconto de 14% da previdĂȘncia 

"Os servidores reivindicam inclusive o fim da cobrança dos 14%. Analisando a situação da previdĂȘncia do Estado, nós entendemos que Ă© impossĂ­vel hoje o Governo abrir mão dessa alĂ­quota de 14% de um modo geral. O Governo tem dito que tem que apresentar um programa, um plano de equalização da dĂ­vida da previdĂȘncia para os próximos anos para manter o seu certificado de regularidade previdenciĂĄria, senão ele não recebe verbas federais", afirmou. 

O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) tambĂ©m participou da reunião ao lado de Kemp e o presidente da Alems, Gerson Claro (PP). 

O tucano afirmou que esperam uma resposta em breve do Governo do Estado sobre a contraproposta, mas acredita que a solução possa vir na forma de abono. O nĂșmero de trabalhadores contemplados na faixa salarial de atĂ© cinco salĂĄrios mĂ­nimos ultrapassaria a 11 mil aposentados e pensionistas. 

Sobre o equilĂ­brio das contas, o deputado explicou que existe uma resistĂȘncia da Ageprev (AgĂȘncia de PrevidĂȘncia do Mato Grosso do Sul) em relação à mudança na alĂ­quota de 14% porque existe uma "incompatibilidade" no equacionamento da dĂ­vida. 

"O Estado foi notificado pelo MinistĂ©rio da PrevidĂȘncia para apresentar um plano de equacionamento dessa dĂ­vida. O Estado jĂĄ apresentou uma proposta para o MinistĂ©rio da PrevidĂȘncia onde aumentou o aporte patronal. Hoje o aporte patronal Ă© de 25%, esse aporte iria para 28%, aumentaria a 3%", explicou. 

Outro ponto destacado Ă© que devem ser feitos dois projetos. O primeiro atenderia os aposentados e pensionistas, enquanto o segundo seria voltado para o equacionamento da dĂ­vida previdenciĂĄria. O projeto enviado para o Governo Federal garantiria o equilĂ­brio entre receitas e despesas atĂ© 2065. 

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