A Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) recusou a proposta apresentada pelo Governo sobre o desconto de 14% na folha de pagamento referente à PrevidĂȘncia Social. O plano era que os aposentados e pensionistas que recebem dois salĂĄrios mĂnimos recebessem um abono de R$ 300, mas a sugestão foi negada e uma contraproposta foi enviada para apreciação do executivo.
Segundo o deputado estadual Pedro Kemp (PT), a proposta do Governo contemplaria 4 mil servidores, nĂșmero que consideraram insuficiente para atender ao pedido dos servidores inativos.
O parlamentar afirmou que, nesta quinta-feira (14), a Alems apresentou uma contraproposta para o executivo estadual que deve contemplar atĂ© 11 mil trabalhadores. O dĂ©ficit na previdĂȘncia estadual chega a R$ 11 bilhões e um dos desafios Ă© atender à demanda dos trabalhadores e manter o equilĂbrio nas contas.
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"Os servidores reivindicam inclusive o fim da cobrança dos 14%. Analisando a situação da previdĂȘncia do Estado, nós entendemos que Ă© impossĂvel hoje o Governo abrir mão dessa alĂquota de 14% de um modo geral. O Governo tem dito que tem que apresentar um programa, um plano de equalização da dĂvida da previdĂȘncia para os próximos anos para manter o seu certificado de regularidade previdenciĂĄria, senão ele não recebe verbas federais", afirmou.
O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) tambĂ©m participou da reunião ao lado de Kemp e o presidente da Alems, Gerson Claro (PP).
O tucano afirmou que esperam uma resposta em breve do Governo do Estado sobre a contraproposta, mas acredita que a solução possa vir na forma de abono. O nĂșmero de trabalhadores contemplados na faixa salarial de atĂ© cinco salĂĄrios mĂnimos ultrapassaria a 11 mil aposentados e pensionistas.
Sobre o equilĂbrio das contas, o deputado explicou que existe uma resistĂȘncia da Ageprev (AgĂȘncia de PrevidĂȘncia do Mato Grosso do Sul) em relação à mudança na alĂquota de 14% porque existe uma "incompatibilidade" no equacionamento da dĂvida.
"O Estado foi notificado pelo MinistĂ©rio da PrevidĂȘncia para apresentar um plano de equacionamento dessa dĂvida. O Estado jĂĄ apresentou uma proposta para o MinistĂ©rio da PrevidĂȘncia onde aumentou o aporte patronal. Hoje o aporte patronal Ă© de 25%, esse aporte iria para 28%, aumentaria a 3%", explicou.
Outro ponto destacado Ă© que devem ser feitos dois projetos. O primeiro atenderia os aposentados e pensionistas, enquanto o segundo seria voltado para o equacionamento da dĂvida previdenciĂĄria. O projeto enviado para o Governo Federal garantiria o equilĂbrio entre receitas e despesas atĂ© 2065.