O Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou a transferência de 14 presos entre unidades do sistema penitenciário federal em uma operação de “rodízio” contra organizações criminosas. A ação tem como objetivo enfraquecer os líderes do crime organizado e impedir articulações dentro das cadeias. As transferências fazem parte de um protocolo planejado para enfraquecer possíveis vínculos nas regiões onde se encontram as penitenciárias federais. Fernandinho Beira-Mar já havia sido transferido do presídio federal de Mossoró neste mês. Dois presos escaparam da mesma unidade em fevereiro, sendo a primeira fuga registrada no sistema gerido pela União. As buscas pelos fugitivos, ligados ao Comando Vermelho, completaram um mês, com cerca de 500 agentes tentando recapturá-los, sem sucesso até o momento devido às táticas dos detentos e à geografia da região.
O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que há fortes indícios de que a dupla de fugitivos permanece na região, mas a demora na recaptura tem incomodado o governo e gerado diversas críticas. Medidas de reforço foram adotadas, incluindo a prisão de seis pessoas acusadas de ajudar na fuga. A investigação aponta para ajuda externa à dupla, que também se beneficia de furtos de alimentos na região.
No Rio de Janeiro, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária transferiu o miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e seu comparsa Marcelo de Luna Silva, o Boquinha, para o presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A operação contou com reforço policial e patrulhamento, com os dois sendo entregues a agentes penais federais para serem levados à capital sul-mato-grossense.
*Reportagem produzida com auxílio de IA