Junto de um vídeo que começa com o cantor tecendo rasgados elogios à colega e amiga numa entrevista, Caetano Veloso escreveu na legenda: "Gal era uma menina que morava na Rua Rio de São Pedro, na Graça. O mais tocante era a emissão da voz. João Gilberto, Antonio Carlos Jobim e eu percebemos isso".
"Há muitos outros aspectos em que a canção brasileira se encontrou engrandecida por vozes femininas. Mas a emissão da voz em Gal era já música, independentemente do domínio consciente das notas. E isso fazia com que o espírito dela expressasse sutilezas, pensamentos, sentimentos, asperezas, doçuras, de modo espontâneo. O disco 'Recanto' diz tudo o que chego a saber sobre Maria da Graça, Gracinha, Gal", acrescentou.
"Compus novas canções (que somei a uma que eu tinha feito para Jane Duboc, exemplo de cantora com absoluto domínio da música) para que o significado da presença de Gal entre nós se explicitasse. Vou ouvir 'Recanto' - e sugiro a quem me leia que faça o mesmo - para repensar a Gal Fa-Tal, a Gal Domingo, a Gal Meu Nome É Gal. Moreno Veloso disse-me que reouviu esse disco estes dias e voltou a entender tudo", completou.
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