Políticas públicas voltadas à educação, tratamento de esgoto, preservação dos aquíferos e a despoluição de rios foram os pontos destacados pela advogada Mariana Thomé, vice-coordenadora da Comissão do Meio Ambiente da BPW-Campo Grande e membro da Comissão de Compliance e Governança da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS), sobre os fatores fundamentais para a preservação da água.
Na próxima sexta-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) como parte de um esforço para colocar em pauta as questões que envolvem os recursos hídricos. Conforme prescrito no artigo 4 da Declaração Universal dos Direitos da Água, “o equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos”.
Nessa quarta-feira (20), Mariana Thomé fez uso da tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) para falar sobre o elemento essencial da vida, a água, bem como da importância de sua preservação para a sobrevivência humana. A participação dela ocorre em virtude da realização da Semana Estadual da Água, que foi instituída pela Lei Estadual 4.878 de 2016.
Na fala, a advogada citou que a água compõe em torno de 70% do peso corporal, regula a temperatura interna e é essencial para todas as funções orgânicas. Em média, o organismo precisa de 4 litros de água por dia. "A falta de água é uma grande ameaça, uma vez que a água é fonte de vida”, reforçou
Na oportunidade, ela citou que cerca de 70% da superfície é coberta por água, entretanto, a maior parte da água no planeta é salgada. “Há apenas 3% de água doce e, desse percentual, apenas 1,2% corresponde à água potável. Percebemos a escassez quando assistimos cenas de crianças bebendo água inapropriada ao consumo e de rios poluídos com o descarte de lixo".
A advogada ainda recordou a quantidade de água usada direta ou indiretamente na produção de alguns bens de consumo e alimentos. "Para cada um quilo de carne é preciso de 15 mil litros da água. Esse calculo mostra com profundidade a necessidade de fiscalização e consciência", destacou.
Mariana pontuou que para a preservação e a proteção dos mananciais é preciso a implantação de políticas públicas voltadas à educação, tratamento de esgoto, preservação dos aquíferos e despoluição de rios. Com relação à sobrevivência humana, ela defendeu os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável.