"Nada sobre nós, sem nós" é um lema muito utilizado entre as pessoas com deficiência, que emergiu com maior força durante o processo de construção da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
E com base nessa premissa, o Governo do Estado vem construindo políticas públicas eficientes, escutando aqueles que sabem o que é melhor para si e para a sua comunidade.
Representando as mulheres com deficiência visual do Estado, Astrogilda Maria José, reforçou a importância do 1º Encontro das Mulheres com Deficiência. "Esse momento nos permite adquirir mais conhecimento sobre nossos direitos e assim nos tornar multiplicadoras, para que sejamos porta vozes dessas informações, dos locais de serviços, de orientações. Além de possibilitar essa troca de experiências e de desafios", finaliza.
Já Elisa Paulino, que na ocasião representou as mulheres surdas, compartilhou com os participantes uma situação pela qual passou, sendo mulher surda durante atendimento na saúde. Deixando a reflexão do que podemos fazer de concreto para que todas as pessoas com deficiência possam acessar os serviços e ter seus direitos garantidos.
"Quis compartilhar meu relato para que possamos avançar, e eu agradeço muito a Deus pela minha saúde e gostaria também de dizer que hoje é um dia importante para nós".
"Eu sou muito agradecida por participar de um evento tão grandioso e tão produtivo que foi hoje o primeiro encontro de mulheres com deficiência do estado de Mato Grosso do Sul. Foi um divisor de águas porque estavam lá pessoas que precisavam ouvir as suas demandas, a primeira dama, a Defensoria Pública, a Polícia Civil e tantas outras pessoas que ouviram histórias que a gente passa, enquanto pessoas e mulheres com deficiência. E eu creio que irão surgir muitas coisas boas, muitas políticas públicas efetivas que vão sair do papel", afirmou Mirela Ballatore, que representou as mulheres com deficiência física.
Um olhar para as mulheres com deficiência dos 79 municípios
Enfrentar o capacitismo, a implementação de recursos de acessibilidade e mobilidade, de promoção de empregabilidade, educação inclusiva, quebra das barreiras atitudinais, temas fundamentais na construção de políticas públicas que vão possibilitar às pessoas com deficiência a participarem em igualdade de condições em ocupações significativas, desde o trabalho e o lazer, as atividades diárias.
E com base nesses pilares que a SEC (Secretaria de Estado da Cidadania), vem reforçando o um diálogo de um mundo mais acessível e inclusivo que é papel de todos e todas nós.
"Nós estamos trabalhando a inclusão, seguindo o nosso Governador Eduardo Riedel, quando cita 'sem deixar ninguém para trás'. E nós começamos assim com o encontro ouvindo vocês, porque precisamos escutar vocês e entender a realidade de cada uma. E a partir daqui direcionar os nossos esforços para ações que cheguem a cada uma das mulheres com deficiência, das pessoas com deficiência e das que cuidam das pessoas com deficiência", afirma a secretária da SEC, Viviane Luiza.
"Esse é um momento marcante, emocionante, é o início de uma luta diferente, de uma política pública voltada para nós mulheres com deficiência, abrindo leques para o empreendedorismo, pro mercado de trabalho, para saúde, educação e saber que. Nós vamos sair da invisibilidade, enfim um governo que olha com o olhar diferenciado para nós mulheres. E hoje eu tive vez e voz para falar o que a gente precisa. Às vezes pensam assim, a acessibilidade é rampa. Acessibilidade não é só rampa, é algo muito amplo e que vende muito de acordo com cada realidade vivida. Somos diferentes, cada uma buscando o seu objetivo na sociedade", finaliza Raquel Correa Gomes, mulher com deficiência física e moradora do município de Anaurilândia.
O encontro contou com a presença da Defensora Pública e coordenadora do Nudem (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher), Zeliana Sabala; da Promotora de Justiça, Clarissa Torres, coordenadora do Núcleo da Cidadania do Ministério Público Estadual; da Delegada Maíra Machado, coordenadora do Núcleo Institucional da Cidadania da Polícia Civil; da presidente da Comissão de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da OAB/MS, Luciana Azambuja; Deputado Estadual Pedro Kemp; além de representantes de entidades e associações ligadas as pautas das pessoas com deficiência.