Mato Grosso do Sul deve alcançar produção de 106,55 milhões de toneladas de produtos agrícolas em 2024. O resultado inclui grãos, leguminosas, cana, entre outros, produzidos em 7,35 milhões de hectares. A renda gerada pelo setor neste ano é estimado em R$ 43,7 bilhões.
Os dados constam na Carta de Conjuntura Agropecuária, elaborada pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) com base nos últimos dados disponibilizados pelo LSPA/IBGE (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) em Mato Grosso do Sul.
O número é -3% em relação a produção na comparação com 2023 e +1,6% em relação à área colhida estimada no ano passado. Apesar da variação, a agricultura responde por 69,15% da renda de Mato Grosso do Sul e o estado ocupa a 7ª posição entre os maiores produtores agrícolas do Brasil.
No caso dos grãos, Mato Grosso do Sul ocupa o 5º lugar entre os maiores produtores nacionais, com participação de 8,16%. Quem lidera esse ranking é Mato Grosso, com 24,13%, seguido pelo Paraná (12,88%), Rio Grande do Sul (12,30%), Goiás (9,12%) e Minas Gerais (6,29%), que, somados, representaram 72,89% do total da produção de grãos do país.
Em relação à produção de soja em Mato Grosso do Sul, em 2024 o volume deve ficar próximo de 13,589 milhões de toneladas, representando uma variação de -4,30% em relação a 2023, e ocupando uma área de 4,013 mil hectares, que em relação a 2023 significa variação de +3,30%.
No que diz respeito ao milho (2ª safra), a produção esperada é de 12,344 milhões de toneladas, representando queda de 7,10% e, para a cana-de açúcar, estima-se volume de produção de 71,791 milhões de toneladas.
A renda gerada pelo setor, ou seja, o VBP (Valor Bruto da Produção) da agricultura em 2024 é estimado em R$ 43.741 bilhões, com uma variação negativa de -15,95% frente ao ano passado. No caso das colheitas de soja e milho, elas representam, juntas, 77,42% do VBP da agricultura.
A queda se deve ao fato de que o preço dos principais continuam baixos, pressionados pela expectativa de oferta mundial. Além disso, enquanto a produção de grãos atingiu recorde de produção em 2023, neste ano sofreu com os efeitos do El Niño.
No caso da pecuária, o rebanho sul-mato-grossense estimado é de 18,310 milhões de cabeças (+2,79%), suínos com 1,80 milhões (+5,82%), aves com 114,4 milhões (-53,70%) e peixes com 925 mil (-40,09%). A maior variação positiva foi registrada no grupo "Bicho da Seda", com +3.861,63% em relação ao mesmo período do ano passado.
No VBP, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prevê resultado de R$ 19,515 bilhões em 2024 para a pecuária, o que representa variação de +2,90% na comparação com 2023.
A pecuária deve responder por 30,85% do VBP do setor estadual. No ranking nacional, por sua vez, o estado ocupa a posição de 7º entre os estados brasileiros.