O assistente administrativo Valdemir Almeida, que trabalha no edifício há 17 anos, diz que nunca viveu essa situação.
"Nunca faltou energia desse jeito. A Enel diz que vai voltar, mas nunca volta. Só previsão furada. Só um elevador de cada um dos seis blocos funciona. E as lojas estão todas fechadas", lamentou.
O Copan tem 1.160 apartamentos, divididos em seis blocos, e cerca de 70 estabelecimentos comerciais, de acordo com prefeitura.
Além do Copan, bairros como República, Bela Vista e Santa Cecília voltaram a ficar às escuras na noite desta quinta-feira (21). Diversos eventos foram cancelados e restaurantes deixaram de atender os clientes no jantar.
Muitos imóveis que enfrentam falta de energia e instabilidade no fornecimento desde segunda-feira (18) voltaram a ficar sem luz.
Segundo a Enel, apenas 40% dos clientes da região da Santa Cecília tiveram o serviço normalizado. Já os moradores da Vila Paim, na Bela Vista, voltaram a ter o reabastecimento da energia, conectados na rede ou por meio de geradores. Questionada a respeito do fornecimento na região da República e no Copan, a concessionária não informou a situação na manhã desta sexta.
Por meio de nota, a Enel ainda lamentou os transtornos causados aos clientes que foram impactados nos últimos dias pelas ocorrências envolvendo a rede de distribuição subterrânea da companhia.
"Cabe esclarecer que o trabalho na rede subterrânea é bastante complexo, envolve condições de temperatura e espaços confinados para acesso. Equipes da companhia seguem trabalhando nos reparos da rede para normalizar integralmente o serviço. A companhia também tem mobilizado geradores para abastecer os clientes impactados enquanto atua nos reparos na rede elétrica", disse.
Em entrevista à Folha de S.Paulo nesta quinta, o diretor de manutenção da companhia, Darcio Dias, afirmou que a rede elétrica na região central da cidade foi recuperada apenas parcialmente desde a última segunda-feira (18) e que não há previsão para o restabelecimento pleno do fornecimento de luz.