Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão. A investigação identificou o rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos. Vereador de Campo Grande, Claudinho Serra
Divulgação
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) a terceira fase da Operação Tromper, contra um esquema de corrupção na administração do município de Sidrolândia (MS). Entre os alvos que foram presos está o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB).
O parlamentar é ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia e genro da prefeita do município, Vanda Camilo (PSDB). O g1 tenta localizar a defesa do vereador para mais esclarecimentos sobre a prisão.
Segundo o Ministério Público, essa nova fase da Tromper confirmou a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.
Ao todo, estão sendo cumpridos 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão.
Mandado de prisão foi cumprido em um condomínio de Campo Grande
Osvaldo Nóbrega
Ainda segundo a investigação, foi identificada uma nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Até o momento foi identificado rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.
O g1 procurou a prefeitura de Sidrolândia para mais esclarecimentos sobre a nova fase da operação deflagrada e aguarda retorno.
Operação Tromper
A 1ª fase da Operação Tromper foi deflagrada em maio de 2023 contra esquema de corrupção no município de Sidrolândia. A investigação apontou a existência de um esquema de ações destinado à obtenção de vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal desde 2017.
A 2ª fase da investigação foi deflagrada em julho do ano passado, quando foram cumpridos quatro mandados de prisão e cinco de busca a apreensão.
Segundo o MPMS, o desdobramento da primeira etapa da operação identificou um "conluio" entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a prefeitura.
O grupo criminoso viabilizava a abertura de empresas e seu registro junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.
Gaeco
A investigação identificou ainda a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.
Em relação ao nome da ação, o MPMS, explica que "Tromper" é um verbo da língua francesa, que significa "enganar".
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