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Genro de prefeita, vereador é preso em operação contra esquema de corrupção em Sidrolândia (MS)

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão.

Por Midia NAS em 03/04/2024 às 12:44:00
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão. A investigação identificou o rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos. Vereador de Campo Grande, Claudinho Serra

Divulgação

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) a terceira fase da Operação Tromper, contra um esquema de corrupção na administração do município de Sidrolândia (MS). Entre os alvos que foram presos está o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB).

O parlamentar é ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia e genro da prefeita do município, Vanda Camilo (PSDB). O g1 tenta localizar a defesa do vereador para mais esclarecimentos sobre a prisão.

Segundo o Ministério Público, essa nova fase da Tromper confirmou a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.

Ao todo, estão sendo cumpridos 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão.

Mandado de prisão foi cumprido em um condomínio de Campo Grande

Osvaldo Nóbrega

Ainda segundo a investigação, foi identificada uma nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Até o momento foi identificado rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.

O g1 procurou a prefeitura de Sidrolândia para mais esclarecimentos sobre a nova fase da operação deflagrada e aguarda retorno.

Operação Tromper

A 1ª fase da Operação Tromper foi deflagrada em maio de 2023 contra esquema de corrupção no município de Sidrolândia. A investigação apontou a existência de um esquema de ações destinado à obtenção de vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal desde 2017.

A 2ª fase da investigação foi deflagrada em julho do ano passado, quando foram cumpridos quatro mandados de prisão e cinco de busca a apreensão.

Segundo o MPMS, o desdobramento da primeira etapa da operação identificou um "conluio" entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a prefeitura.

O grupo criminoso viabilizava a abertura de empresas e seu registro junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.

Gaeco

A investigação identificou ainda a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.

Em relação ao nome da ação, o MPMS, explica que "Tromper" é um verbo da língua francesa, que significa "enganar".

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Tags:   Polícia
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