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Animais voltando para casa

Onça visita margem de rio que já foi destruída por fogo no Pantanal: 'animais voltando para casa'

Felino foi registrado andando livremente pelas margens do rio Miranda, no Pantanal.


Onça-pintada é flagrada às margens de rio no Pantanal

Uma onça-pintada foi flagrada andando livremente pelas margens do rio Miranda , no Pantanal de Mato Grosso do Sul, nessa terça-feira (2). Para especialistas, o felino estar no local que foi consumido pelo fogo por três anos seguidos, mostra o poder de resiliência do bioma e que os animais retornaram para região.

O vídeo foi realizado por equipes do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que monitoravam a região. Conforme especialistas que visualizaram o bicho, a onça estava em um local com grandes cicatrizes do fogo.


Onça é flagrada às margens de rio no Pantanal. — Foto: IHP/Reprodução

Por causa do fogo que afetou o território, encontrar uma espécie guarda-chuva alguns meses após, sinaliza como a natureza e o Pantanal são resilientes, como frisa a postagem do IHP nas redes sociais.

"Têm algumas árvores que parecem um paliteiro na margem posterior e ter um registro desse é muito importante. A gente avistar essa espécie representa um indicador que os animais estão voltando para essa área. Esse local já registrou fogo há pelo menos três anos seguidos", comenta o biólogo no IHP Sérgio Barreto.

Fogo no Pantanal

Pantanal está em chamas novamente. — Foto: GOV-MS/Reprodução

O Pantanal voltou a sofrer com mais uma temporada de fogo em 2023. Até novembro do ano passado, 947.025 hectares do bioma que se espalha por Mato Grosso do Sul e Mato Grosso foram consumidos pelas chamas. A área devastada é equivalente a quase oito vezes do tamanho da capital carioca, Rio de Janeiro.

Neste ano, o fogo voltou a preocupar na região da Serra do Amolar, em Mato Grosso do Sul. O incêndio queimou mil hectares de vegetação nativa, de acordo com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP).

O presidente do IHP, Angelo Rabelo, afirma que as chamas começaram por ação humana, após um pequeno produtor rural queimar camalotes, em planta aquática, para abrir área de pastagem para o gado. No entanto, o fogo saiu do controle e se alastrou pela vegetação nativa.

Em fevereiro, o empresário, não identificado, foi autuado administrativamente e multado em R$ 9,2 milhões por ter causado incêndio de grandes proporções na Serra do Amolar, principal santuário de biodiversidade em fauna e flora do Pantanal. De acordo com a Polícia Ambiental (PMA), as chamas consumiram uma área de 1.289,67 hectares do bioma.

A Polícia Ambiental identificou através de levantamentos técnicos que o ponto de ignição do incêndio, correspondia ao empreendimento do empresário. Além disso, pelas análises de imagens de satélites, também foi constatado que incêndio teve início no dia 27 de janeiro.

Polícia

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