"O Robinho está preso injustamente. Ele não cometeu esse crime", afirmou, em entrevista ao UOL.
Santos negou a versão da vítima de que o grupo de amigos tenha colocado algum tipo de entorpecente em sua bebida para deixá-la inconsciente. Disse também que a mulher tinha plena consciência do que estava fazendo durante o ato sexual.
"O Robinho não estuprou ninguém, os amigos do Robinho não estupraram ninguém. Participamos de uma orgia, com a consciência de todo o mundo."
Em áudios gravados pela polícia que fizeram parte do material do processo que condenou o brasileiro, no entanto, o ex-jogador admitiu que ela estava inconsciente. "Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou", disse o ex-jogador.
Santos sugeriu, ainda, que a mulher tenha feito as acusações por interesses financeiros. Segundo ele, o grupo caiu em uma armadilha. "Eu acredito muito que ela encontrou uma oportunidade de mudar a vida dela e cometeu esse ato um pouco impensado que destruiu a vida do Robinho."
O ex-jogador foi preso no dia 21 de março para cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão a que foi condenado pela Justiça italiana.
Segundo a investigação do Ministério Público italiano, Robinho e outros cinco homens praticaram violência sexual de grupo contra a vítima, que, embriagada e inconsciente, foi levada para o camarim do estabelecimento, onde foi estuprada várias vezes. O brasileiro sempre negou o crime.
Um dos amigos de Robinho, o motorista Ricardo Falco, também foi condenado e tem um processo em curso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), correndo o risco de, assim como o ex-jogador, ter de cumprir a pena no Brasil.
Por terem deixado a Europa poucos dias após a noite do crime, os outros quatro homens acusados -Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan- não puderam ser notificados, e o caso deles foi desmembrado do processo. Eles não foram julgados e tampouco condenados pela Justiça do país europeu.
Robinho foi condenado na Itália em primeira instância em 2017. Em 2020, em segunda instância. Em 2022, na terceira e última instância.
Desde então, o ex-jogador não saiu do Brasil para não ser preso pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). O STJ, contudo, acatou o pedido da Itália para que o ex-atleta cumpra sua pena no Brasil. Inicialmente, o país europeu demandou a extradição de Robinho, mas a legislação impede que isso ocorra com brasileiros natos.
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