Jorge Glas, ex-vice-presidente equatoriano, foi hospitalizado após ser preso durante uma invasão à embaixada do México em Quito. O Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade informou que Glas teve um problema de saúde por recusar-se a se alimentar, contradizendo relatos de que ele foi encontrado em coma autoinduzido profundo na prisão. O político de 54 anos foi capturado pela polícia durante operação policial na embaixada mexicana. O ex-vice-presidente está estável e permanecerá em observação no Hospital Naval do porto de Guayaquil. Vinicio Tapia, advogado de Glas, afirmou que foi impedido de falar com seu cliente desde o momento em que foi sequestrado.
As tensões entre Equador e México aumentaram com a preparação da demanda que será apresentada contra Quito perante a Corte Internacional de Justiça. A invasão da embaixada foi condenada por mais de 30 países e sete organismos mundiais e regionais. Os líderes da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) debaterão uma proposta de “condenação firme” e possíveis sanções contra o governo equatoriano em uma reunião de cúpula virtual. O presidente Daniel Noboa defendeu sua decisão de intervir na embaixada mexicana para evitar uma fuga iminente de Glas. Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, considerou a operação “autoritária”. Após a ruptura dos laços, os diplomatas mexicanos retornaram ao seu país, o escritório do México em Quito foi fechado indefinidamente.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA