Em coletiva à imprensa, a delegada Elaine Benicasa disse que o homem chegou a alegar transtornos psiquiátricos, mas nenhum laudo médico foi apresentado até o momento. O caso foi registra nesta segunda-feira (22).
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Uma garota de programa, de 43 anos, foi assassinada com mais de 35 facadas e deixada nua, com o corpo em formato de cruz, na casa do suspeito, em Campo Grande (MS). Para a polícia, o homem alegou transtornos psiquiátricos e disse ter cometido o crime para chamar atenção da mídia.
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Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (23), a delegada Elaine Benicasa, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam) relatou que o crime foi planejado e motivado por ódio. Com base na Bíblia, completou a delegada, o homem afirmou que garotas de programas são impuras e merecem morrer.
Delegada titular da Deam Elaine Benicasa.
Gabrielle Tavares
A perícia encontrou marcas de facadas no pescoço e principalmente na região do tórax. Também havia sinais de que ela tentou se defender.
"Ele desferiu o primeiro golpe em seu pescoço, ela conseguiu fugir, chegou até a porta, mas se confundiu com as chaves, momento que o autor consegue alcançá-la e desferir os outros golpes de faca", descreveu a delegada.
O suspeito afirma que usou duas facas, mas a polícia encontrou apenas uma até o momento.
Dois dias após cometer o crime, o homem procurou atendimento em um Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e disse para a médica que havia matado uma mulher e que o corpo dela estava em sua casa. A profissional, então, avisou os familiares dele, que foram até o local e encontraram a vítima.
Segundo a polícia, o homem já havia tido cerca de cinco encontros com a vítima e teve relações sexuais com ela no dia crime. Além disso, Benicasa ressaltou que a casa do suspeito estava em situação insalubre, com muita sujeira e restos fecais.
Apesar do suspeito afirmar que toma remédio controlado e possui transtornos mentais, a defesa dele ainda não apresentou laudo atestando isso, nem foram localizados os medicamentos em sua casa.
O suspeito foi preso em flagrante por ocultação de cadáver, mas deve responder por homicídio qualificado por feminicídio. Ele não tinha antecedentes criminais.
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