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Meio Ambiente

Branqueamento de corais em Fernando de Noronha preocupa pesquisadores

Pesquisadores do Programa de Monitoramento do Branqueamento Coral Vivo, que reúne universidades, órgãos ambientais, além de voluntários, foram surpreendidos com o branqueamento de corais em todos os pontos estudados, inclusive no entorno do arquipélago de Fernando de Noronha.


Foto: G1 - Globo

Pesquisadores do Programa de Monitoramento do Branqueamento Coral Vivo, que reúne universidades, órgãos ambientais, além de voluntários, foram surpreendidos com o branqueamento de corais em todos os pontos estudados, inclusive no entorno do arquipélago de Fernando de Noronha.

Da superfície do mar na Ponta da Sapata, a equipe já avistou corais branqueados que estavam há mais de 22 metros de profundidade. Durante outro mergulho, de menor profundidade, em torno de 8 metros, na Baía dos Golfinhos, foi constatado que cerca de 95% dos corais estavam branqueados.

Em apenas quatro dias, após semanas de altas temperaturas, os corais sofreram um branqueamento severo, alguns locais apresentando até 100% de impacto. A constatação se deu neste mês de abril.

O fenômeno do branqueamento de corais é um dos principais sintomas de um ecossistema marinho que está passando por adversidades. Quando o coral fica branco, ou seja, com a cor do seu esqueleto calcário, ele pode morrer.

E esse aumento de temperatura das águas dos oceanos nos últimos anos é o principal fator de branqueamento de corais no mundo e um sinal real de que várias espécies marinhas estão ameaçadas, já que, mesmo ocupando apenas pouco mais de 1% da superfície do planeta, é um bioma que abriga um quarto de toda a vida marinha da Terra.

Fatores como poluição marinha e o carbono jogado na atmosfera pela ação humana também são determinantes para este cenário que atinge os recifes da costa brasileira.

No caso do carbono, por exemplo, ele é absorvido pela água dos oceanos, provocando a acidez na água que prejudica a formação dos esqueletos calcários dos corais e das conchas de moluscos e crustáceos.

O pesquisador Paulo Horta, que participou dos mergulhos em Noronha, faz o alerta

(00:52) mas é importante que nós lembremos que no mundo o branqueamento se aproxima para ser o maior de todos os tempos, já temos cerca de 54% dos Corais branqueados. É um processo de branqueamento, que cresce 1% a cada semana. + 01:15) mas é muito importante que a gente combata as mudanças climáticas, já para que isso nunca mais aconteça.

O Programa de Monitoramento do Branqueamento Coral Vivo está sendo realizado em 20 pontos estratégicos da costa brasileira e de ilhas oceânicas.

Nas últimas semanas, pesquisadores também já registraram o fenômeno em outros pontos da costa brasileira como em Tamandaré, Pernambuco; no litoral do Sergipe; em Rio do Fogo, Rio Grande do Norte; em Maragogi, Alagoas e na Baía de Todos os Santos, em Salvador.

Este mês, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social anunciou a abertura de um edital para apoiar projetos de proteção a recifes de corais no Brasil.

A expectativa é a liberação de até 60 milhões de reais, sendo a metade do valor destinado pelo banco e a outra metade da iniciativa privada e de organizações internacionais.

O prazo para envio das propostas vai até 5 de julho de 2024. A inscrição deve ser feita no endereço: www.bndes.gov.br/fundosocioambiental

Meio Ambiente São Luís 23/04/2024 - 16:39 Daniella Longuinho / Liliane Farias Madson Euler - repórter da Rádio Nacional Corais terça-feira, 23 Abril, 2024 - 16:39 207:00

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