Ela e o homem foram presos em Itanhaém (SP) e ficaram à disposição da Justiça. Segundo apurado pelo g1, a pistola encontrada com eles tinha numeração raspada. Cybelle Bezerra da Silva foi presa por agentes da Polícia Civil em Itanhaém (SP)
DIG Itanhaém/Divulgação e Reprodução/OAB
Uma advogada de Mato Grosso do Sul, de 34 anos, procurada por ser suspeita de integrar uma organização criminosa no estado, foi presa em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, nesta quinta-feira (25), o companheiro de Cybelle Bezerra da Silva, de 29 anos, também foi preso em flagrante porque a polícia encontrou uma pistola embaixo da cama do casal.
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As prisões ocorreram, por volta de 7h30 de quarta-feira (24), em uma residência localizada na Rua Emília Alves Muller, no bairro Tropical, onde o casal vivia. Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, antes de se mudar, a mulher era casada e tinha uma vida em Campo Grande (MS).
No estado de origem, segundo a polícia, ela era advogada de pessoas associadas ao tráfico e teria se envolvido em crimes de obstrução da justiça, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Quando veio para São Paulo, no fim do ano passado, conheceu o atual companheiro e passou a viver com ele em união estável.
Conforme o boletim de ocorrência, obtido pelo g1, uma equipe da DIG foi até o imóvel para cumprir um mandado de busca e apreensão, expedido contra a mulher em 12 de abril pela 1ª Vara Criminal de Campo Grande relativo a um processo criminal em que ela era investigada. Além disso, os policiais foram cumprir um mandado de prisão preventiva em desfavor dela.
Arma encontrada em casa de advogada procurada pela Justiça em Itanhaém (SP)
DIG Itanhaém/Divulgação
Embaixo da cama, no quarto do casal, a polícia localizou um saco plástico com a pistola calibre .380 com a numeração suprimida e dois carregadores com munição, além de outros dois carregadores soltos. Além da arma, foram apreendidos quatro celulares, dois notebooks, um pendrive e documentos.
Questionada a respeito da pistola, a advogada disse ter adquirido o instrumento para sua defesa pessoal, pois vinha recebendo ameaças dos envolvidos no processo criminal. Ela alegou que o companheiro não sabia, mas os policiais entenderam que eles compartilhavam o item.
Registro de ocorrência levou à localização
Segundo apurado pelo g1, os agentes somente conseguiram localizar a advogada porque ela registrou uma queixa por violência doméstica contra o ex-marido em janeiro deste ano.
A ação que resultou nas prisões ocorreu em apoio ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul e foi acompanhada pela Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A ocorrência foi registrada como posse ilegal de arma de fogo de uso restrito (por parte de ambos), cumprimento de mandado de busca e apreensão e captura de procurado na DIG de Itanhaém. O casal ficou à disposição da Justiça.
A mulher deve ficar presa na cadeia feminina provisória anexa ao 2º DP de São Vicente e depois ser levada para a capital paulista. Lá, ela aguardará uma manifestação do juízo da comarca de Campo Grande. Já o companheiro dela, Valdomiro Junior do Nascimento Souza, deve permanecer em Itanhaém.
O g1 entrou em contato com a OAB e com o advogado de Cybelle para uma manifestação sobre a prisão, mas ainda não obteve retorno.
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