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Embrapa comprova que cafeicultura em Rondônia não desmata floresta

Uma pesquisa realizada pela Embrapa analisou o impacto da cafeicultura em Rondônia no desmatamento da floresta no estado.

Por Midia NAS em 29/04/2024 às 20:15:57

Uma pesquisa realizada pela Embrapa analisou o impacto da cafeicultura em Rondônia no desmatamento da floresta no estado. Essa pesquisa é inédita e foi feita por meio de imagens de satélite e uso de geotecnologias.

O estudo registrou desmatamento zero em sete dos 15 municípios da região, entre os anos de 2020 e de 2023. Em toda a região, foram encontrados traços de retiradas de florestas em menos de 1% da área total ocupada pela cafeicultura e atualmente mais de 50% da área total dos municípios, cerca de 2,2 milhões de hectares, são cobertos por vegetação nativa.

Com esses dados, os pesquisadores comprovaram que as fazendas de café do estado produzem de maneira sustentável.

Carlos Ronquim, da Embrapa Territorial em São Paulo e coordenador do trabalho, explica que, além do café, o estudo envolveu áreas de mata, pasto e outros cultivos; e que o plantio foi feito em áreas que foram utilizadas anteriormente para pasto, por isso, não foi necessário desmatar.

Ele destacou também que a exigência legal pela preservação ambiental por parte de quem compra o café e outros produtos cultivados no país foi fundamental para que o desmatamento não avançasse nessa região.

"Então foi isso que a gente tentou ver. As áreas de café em 2022 e 2023 e voltamos para 2020 para ver se essas áreas já eram de café ou de pasto ou outras culturas, ou de mata, se houve desmatamento. Mas aí quando fizermos isso, o desmatamento foi mínimo, muito pequeno, foi só que 190 hectares; imagine 190 hectares em 2,4 milhões de hectares que é a região. E mesmo assim, já está sendo feito um acordo com a Emater de Rondônia, uma política pública, para reflorestar essas áreas".

Carlos explicou que após a etapa do mapeamento, iniciado em 2023, o estudo agora segue para mais duas atividades.

"A segunda parte, que nós vamos iniciar agora, vai ser determinação do sequestro de carbono pela cultura do café, pelas matas, pelas pastagens dessa região. E a terceira vai ser a parte social, uma entrevistas com os agricultores, para saber a questão do meio ambiente, questão social, questão econômica, desses cafeicultores".

A região conhecida como Matas de Rondônia é responsável por mais da metade da produção de café do estado.

Segundo a associação de cafeicultores da região, além do mercado brasileiro, o grão produzido nessa área é comercializado com países da América do Sul, Ásia e Europa.

*Com colaboração de Daiana Vitor.

© Paula Laboissière/Agência Brasil

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