Crime ocorreu em 21 de abril, em Campo Grande e um dia após ser preso em flagrante, suspeito havia conseguido o benefício da liberdade provisória com o uso de tornozeleira eletrônica. Andressa Fernandes Teixeira e Willames Monteiro dos Santos
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Após pedido do Ministério Público Estadual (MP-MS), a Justiça de Mato Grosso do Sul revogou a liberdade provisória que havia sido concedida a Willames Monteiro dos Santos, suspeito de matar atropelada a esposa Andressa Fernandes Texeira, em 21 de abril, em Campo Grande.
Santos havia conseguido a liberdade provisória em 22 de abril, um dia depois do crime. Na época, a Justiça avaliou que como o suspeito não possuia antecedentes criminais e tinha residência e serviço fixo na capital, poderia obter o benefício, mediante o uso de tornozeleira eletrônica.
O MP-MS recorreu da decisão e a Justiça revogou o benefício. Nesta sexta-feira (3), o suspeito foi preso novamente pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e depois seria transferido para um presídio.
O que diz a defesa
O advogado de Williames afirmou que o suspeito não teve a intenção de matar a esposa, e que o caso foi um acidente, pois o casal havia bebido.
Entenda o caso:
Andressa Fernandes Teixeira tinha 29 anos
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Uma testemunha, relatou que Andressa e Willames consumiram bebidas alcóolicas durante o dia e começaram a brigar por volta das 21h. O homem entrou no carro para sair de casa e a vítima sentou em frente ao portão, do lado de fora, para impedir que ele saísse.
Willames acelerou o carro, de ré, e atropelou o portão e a mulher juntos. Andressa acabou presa debaixo do veículo e foi arrastada por alguns metros.
Segundo a testemunha, o suspeito tentou entrar no carro novamente, mas foi contido pelos vizinhos. Os familiares de Willames levantaram o carro, tiraram de cima de Andressa e levaram o veículo embora, relatou a testemunha.
Quando o Corpo de Bombeiros chegou, a vítima estava deitada no chão. Tentaram reanimá-la por vários minutos, mas sem sucesso. O suspeito ficou alterado e teve que ser contido pelos militares antes da polícia chegar e prendê-lo.
De acordo com a delegada, Andressa já tinha denunciado o marido, em 2023. Mesmo com o boletim de ocorrência, a vítima não havia pedido uma medida protetiva.
Filha foi testemunha
A filha de 11 anos, presenciou o crime. Segundo a delegada responsável pelo caso, Eliane Benicasa, a criança testemunhou todo ocorrido. Ela, inclusive, chegou a pedir ajuda a familiares em um grupo de mensagens.
A menina foi ouvida em depoimento especial, na Deam. Segundo a delegada, o casal estava junto há 12 anos e tinha dois filhos: a menina que presenciou o crime e um menino, de 3.
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