A cidade de Porto Alegre enfrenta uma das suas maiores crises devido às enchentes devastadoras que atingiram a região. Em meio ao cenário de desolação, uma onda de solidariedade emerge como um farol de esperança. A repórter Beatriz Manfredini, posicionada no bairro de Floresta, trouxe relatos emocionantes de como voluntários estão se mobilizando para salvar vidas, tanto humanas quanto de animais, das águas que, em alguns locais, alcançam até quatro metros de altura. Sob a liderança de Mariana Gutheil, cerca de 200 voluntários se uniram em uma operação de resgate que já salvou aproximadamente 1.500 pessoas, com a expectativa de que esse número possa dobrar.
Os voluntários, armados com barcos, caiaques e pranchas de surf, enfrentam adversidades para alcançar aqueles que ainda estão em perigo. A resgate é ampla, incluindo desde o salvamento até o fornecimento de atendimento médico e psicológico, alimentos, bebidas e transporte seguro para abrigos. A situação é agravada pela escassez de recursos básicos, como água potável e eletricidade, com a cidade operando em capacidade reduzida devido ao comprometimento de suas estações de abastecimento de água. A dedicação dos voluntários é evidente, com relatos de resgates arriscados, mergulhando sob obstáculos para alcançar as vítimas, muitas das quais relutantes em abandonar seus lares.
Além das enchentes, a cidade enfrenta um aumento nos incidentes de violência, com relatos de assaltos e golpes que se aproveitam da vulnerabilidade das vítimas. Este cenário caótico ressalta a urgente necessidade de solidariedade e apoio, com apelos para que as doações sejam feitas através de canais oficiais para garantir a segurança e a eficácia da ajuda. A situação também levanta discussões sobre a importância de investimentos em infraestrutura, como medidas preventivas contra futuras enchentes, inspirando-se em soluções adotadas em outras cidades. Diante da calamidade, o Congresso Nacional decretou estado de calamidade pública.