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Parecia que ia rachar a terra

Aposentada de MS que ficou presa em RS relata pesadelo: Parecia que ia rachar a terra

Aposentada de Nova Alvorada do Sul estava visitando familiares no Rio Grande do Sul quando as cidades começaram a ser invadidas pela água


Enchente no Rio Grande do Sul (Ricardo Stuckert, PR)

Hospedada na casa da irmã, em Gramado, no Rio Grande do Sul, a aposentada Nelsi Martini, de 68 anos, nem imaginava que aquele fenômeno assustador iria causar uma das maiores tragédias climáticas que o Brasil já viu.

Ao Jornal Midiamax, ela relata que a experiência de presenciar a chuva forte e os trovões ensurdecedores, que resultaram nas enchentes e alagamentos, foi como um pesadelo. "Foi muito horrível, muito mesmo", diz. "No primeiro dia que deu a enchente, foi uma trovoada que passou no céu, de fora a fora. Parecia que ia rachar a terra de tão forte", conta.

"Era tipo uma trovoada que eu nunca escutei; nós nunca escutamos na nossa vida", revela a aposentada, que temeu os fortes raios. Ela e a irmã foram visitar uma tia de 92 anos em São Leopoldo. Na semana passada voltaram para a casa da irmã, de onde iria pegar, no dia 1º de maio, o ônibus de volta para Nova Alvorada do Sul (MS).

Entretanto, os planos mudaram quando a água começou a subir e inundar as estradas. Com isso, acabou ficando presa na cidade. "Nós temos acesso à Várzea Grande e a Gramado, mas o restante dos lugares estamos ilhados", conta dona Nelsi ao Jornal Midiamax.

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