Sabe aquela marquinha de cicatriz no braço que quase todo mundo tem? A famosa marca é resultante de uma reação do corpo à vacina BCG, administrada em recém-nascidos preferencialmente antes do bebê deixar a maternidade. É por causa dessa vacina que os casos graves de tuberculose são bem mais raros hoje em dia.
Desenvolvida para evitar as formas graves da tuberculose, doença que afeta principalmente os pulmões, a BCG é resultado de uma longa pesquisa dos franceses Léon Calmette e Alphonse Guérin. Os estudiosos atenuaram uma bactéria, batizada de Bacilo de Calmette e Guérin – daí a sigla BCG.
A vacina é disponibilizada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo normalmente administrada na maternidade ou nos postos de saúde logo após o nascimento da criança ou o mais rapidamente possível. A vacina BCG apresenta uma eficácia elevada, principalmente contra a forma disseminada da tuberculose, com cerca de 78% de proteção.
Ainda há uma crença de que se a vacina BCG não deixar a cicatriz no braço é porque a imunização não obteve sucesso. Isso não é verdade. Mesmo nos raros casos em que a vacina não deixa marquinha, a proteção é sim garantida.
Além disso, estudos internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e análises do Ministério da Saúde concluíram que não é necessária a aplicação de uma dose de reforço em crianças de 6 a 10 anos de idade, como era feito no Brasil há alguns anos.