Milhares de iranianos prestaram saíram às ruas em várias cidades do país nesta segunda-feira (20) para homenagear o falecido ex-presidente Ebrahim Raisi, que morreu no domingo (19) em um acidente de helicóptero em uma zona montanhosa do noroeste do Irã junto com outras oito pessoas. Milhares de pessoas, a maioria vestidas de preto, se concentraram na praça Valiasr, na capital Teerã, onde foram instaladas bandeiras negras e cartazes com retratos de Raisi, em um evento convocado pelo governo para homenagear o presidente ultraconservador. Como é habitual em todos os eventos governamentais no Irã, os presentes gritaram palavras de ordem contra Israel e Estados Unidos. "Morte a Israel, morte aos EUA", foi ouvido entre a multidão. Em outras partes do Irã, como a cidade natal de Raisi, Mashad (nordeste), Hamedan (oeste), Qazvin (norte) e Tabriz (noroeste), ocorreram congregações semelhantes para prestar homenagem ao também ex-chefe do poder judicial do país.
Com a morte de Raisi, seu primeiro vice-presidente, Mohammad Mojber, assumiu suas funções após a aprovação do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, conforme indicado na Constituição iraniana. Mojber, também da ala dura do governo iraniano, juntamente com os chefes dos poderes legislativo e judiciário, faz parte de um conselho que tem a missão de organizar e realizar eleições no prazo máximo de 50 dias para eleger o novo presidente do país. Apesar destas mudanças repentinas, os simpatizantes de Raisi, uma figura próxima do líder supremo do Irã, estão confiantes de que sua morte não perturbará as funções do país. "Esta tragédia gerou comoção na sociedade, mas como disse o líder supremo no domingo, não permitiremos que sua morte cause o menor problema na gestão do país e na implementação das políticas do Irã Islâmico", comenta Mohammad, um contador em uma empresa governamental, a poucos metros da praça Valiasr.
Raisi morreu em um acidente de helicóptero, após uma aterragem forçada na zona de Varzaghan, no noroeste do Irã. Também viajavam na aeronave o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdolahian, o governador do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati, o líder das orações de sexta-feira na cidade de Tabriz, Mohammad-Ali Ale-Hashem, bem como mais cinco pessoas.
*Com informações da EFE