Nesta segunda-feira (20), obras do Metrô de São Paulo abriram uma cratera na quadra de um condomínio na Zona Sul da cidade. A empresa responsável disse que já monitorava o local e descartou riscos. Para falar sobre o assunto, o professor de engenharia na Mackenzie, Henrique Dinis, concedeu uma entrevista ao Jornal da Manhã. Ele destacou que, apesar de não serem raros em São Paulo, cada caso deve ser analisado como único, sem estabelecer uma relação direta entre eles. Segundo Diniz, a construção da linha 6 laranja do Metrô enfrenta o desafio de avançar sobre um subsolo complexo, composto por rochas em decomposição, o que pode levar a desarranjos na estrutura do solo durante a escavação. No entanto, ele ressalta que medidas preventivas são constantemente implementadas para minimizar os riscos associados a essas obras.
Uma das concessionárias responsáveis pela obra havia informado previamente ao condomínio sobre a possibilidade de ocorrência da cratera. Apesar das preocupações iniciais, Diniz considera pequena a probabilidade de a cratera avançar para as residências, explicando que, para isso acontecer, o solo deslocado precisaria encontrar um caminho para se mover, o que é considerado improvável devido à configuração atual do subsolo. “Para avançar, este solo teria que percorrer pelo subsolo, por exemplo, se houvesse um rio ou uma escavação ao lado que desse evasão para esse movimento”, afirmou o professor.