A morte do ex-vereador de Anastácio, Dinho Vital, movimentou o cenário político em Anastácio. O PSDB, que já havia batido o martelo para candidatura do ex-prefeito, Douglas Figueiredo, já estuda uma mudança de planos.
A reportagem apurou que o partido vai esperar "baixar a poeira" para realizar uma pesquisa e avaliar o impacto do episódio na pré-candidatura do ex-prefeito Douglas Figueiredo, que chegou a ser preso na semana passada, após ser flagrado com arma de fogo de uso proibido. Douglas é investigado pela morte do ex-vereador e foi flagrado com a arma durante operação da polícia na casa dele e de dois policiais que participaram da morte.
O episódio pode favorecer o atual prefeito de Anastácio, Nildo Alves, que era contra a candidatura de Douglas e queria lançar o secretário de Saúde dele em Anastácio, Manoel Aparecido da Silva, conhecido como Cido.
O assassinato do ex-vereador também pode favorecer adversários diretos. A mãe de Dinho, Maria Vital, que já estudava a candidatura em Anastácio, pode entrar de vez na disputa. A candidatura dela era defendida pelo filho.
Douglas nega participação na morte do ex-vereador. Ele, inclusive, divulgou uma nota dizendo que a operação do Gaeco, que o levou à prisão, tem viés político para lhe silenciar e impedir a pré-campanha.
"É inaceitável que se usam métodos tão questionáveis para tentar me silenciar e impedir que eu continue na pré-campanha que dia a dia tem mais apoio. O meu encaminhamento até à delegacia se deve por um erro relativo a armas de fogo antigas encontradas em minha residência, a qual errei em não buscar o devido registro, a qual responderei perante a lei. Contudo, apesar de estar indignado com as medidas tomadas ao arrepio da lei, me sinto aliviado, pois assim a Justica poderá dizer à sociedade de uma forma ampla que nada tenho a ver com os fatos ocorridos no dia 08 de maio", diz trecho da nota.
Sobre o assassinato do ex-vereador, Douglas disse que foi uma fatalidade, resultado de um momento de destempero e excessos, gravados em vídeo. "Não participei de discussão com ele, não briguei e muito menos estava no local no ocorrido e lamento profundamente o que aconteceu. Confio piamente na justiça e tenho convicção de que minha inocência será provada. Acredito que a verdade prevalecerá e que os responsáveis por essa injustiça serão punidos".