Um pastor suspeito de crimes sexuais contra crianças, adolescentes e jovens foi preso em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a PolĂcia Civil, Dagmar JosĂ© Pereira se "aproveitava da confiança das famĂlias" e submetia as vĂtimas à beijos forçados e toques não consentidos. O pastor negou todas as acusações contra as 15 vĂtimas identificadas pela polĂcia.
A prisão pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerĂĄvel aconteceu nesta terça-feira (28). O investigado nega as acusações feitas e a defesa trabalha para que os fatos sejam esclarecidos e que a liberdade do investigado seja restabelecida. A reportagem não conseguiu contatar a igreja em que o pastor atuava para um posicionamento atĂ© a Ășltima atualização desta matĂ©ria.
O nome e a imagem do pastor foram divulgados pela PolĂcia Civil nos termos da Lei 13.869/19 e conforme despacho da Delegada de PolĂcia Titular da DEAM de Senador Canedo, em razão das evidĂȘncias de existĂȘncia de mais vĂtimas e testemunhas.
A polĂcia descreveu que as violĂȘncias sexuais eram praticadas hĂĄ dĂ©cadas pelo pastor e ocorreram em Senador Canedo e em Parauapebas, no ParĂĄ, cidade em que o pastor morou entre os anos de 2007 e 2016.
A PolĂcia Civil detalhou que os crimes são praticados pelo suspeito hĂĄ dĂ©cadas contra vĂtimas entre 11 e 22 anos de idade. Durante a investigação, as vĂtimas detalharam que o pastor teria dado beijos na boca forçados e toques não consentidos nos seios, nĂĄdegas e região genital.
"TambĂ©m relataram que Dagmar as abraçava forçadamente, pressionando-as propositalmente contra seu órgão genital. Uma das vĂtimas narrou ter sido submetida à prĂĄtica de sexo oral", disse a delegada Gabriela Moura.
Ainda segundo a polĂcia, o pastor jĂĄ foi indiciado anteriormente por estupro praticado contra uma criança menor de 14 anos, em uma investigação finalizada no ano de 2005 da Delegacia de Nerópolis.
Pastor Ă© suspeito de crime sexual contra adolescentes ïżœ- Foto: Reprodução/Redes sociais
Os advogados de defesa, Dra. Gessyca Amorim e Dr. Marcos Bastos, estavam cientes do mandado de prisão expedido contra o Sr. Dagmar. No entanto, Ă© importante ressaltar que o próprio Sr. Dagmar expressou a vontade de comparecer espontaneamente à sede policial, decisão esta que foi apoiada e orientada pelos seus defensores, mesmo diante da existĂȘncia do referido mandado de prisão.
Ressalta-se, ainda, que tanto a defesa quanto o investigado sempre estiveram à disposição da PolĂcia Civil, colaborando com as investigações e mantendo uma postura de respeito e cooperação com as autoridades competentes.
O investigado nega as acusações feitas e a defesa trabalha para que os fatos sejam esclarecidos e que a liberdade do investigado seja restabelecida.