Subiu para sete o número de mortos por leptospirose no Rio Grande do Sul, informou a Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul, na quarta-feira (30). Outros 10 óbitos seguem sob investigação e 141 casos já foram confirmados. No total, são 2.327 casos notificados e 141 confirmados. As vítimas são dois homens, de 56 e 59 anos, que moravam em Porto Alegre e Canoas. O Rio Grande do Sul enfrenta não apenas as consequências das fortes chuvas que causaram inundações e deixaram 169 pessoas mortas e centenas de desabrigados, mas também um aumento significativo nos casos de leptospirose. A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou na lama de locais com enchente. “O contágio ocorre através do contato da pele com a água contaminada ou por meio de mucosas”, reforça a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul. A infecção é considerada febril aguda, com risco de letalidade de 40% nos casos mais graves. A contaminação ocorre através da exposição à urina de ratos ou outros animais contaminados, especialmente em locais alagados.
Os sintomas da leptospirose incluem febre, dor de cabeça, dor muscular, falta de apetite e náuseas/vômitos. Em casos graves, podem ocorrer síndromes como a de Weil, hemorragia pulmonar, comprometimento pulmonar e manifestações hemorrágicas. O tratamento varia de ambulatorial a hospitalização imediata, dependendo da gravidade dos sintomas. A prevenção da leptospirose envolve evitar o contato com água ou lama de enchentes. É recomendado o uso de botas e luvas de borracha, caso seja inevitável o contato com áreas alagadas. Após a exposição, é necessário desinfectar o local com uma solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. A orientação do Ministério da Saúde é fundamental para evitar a propagação da doença e proteger a população.