Estudantes podem negociar pagamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até 31 de agosto de 2024. Programa oferece até 99% de desconto no saldo da dívida
O Ministério da Educação (MEC), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), prorrogou até 31 de agosto o prazo para renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Desenrola Fies. Até o momento, a Caixa Econômica Federal registrou 220 mil solicitações de renegociação, totalizando R$ 9,70 bilhões. Com o Desenrola Fies, os estudantes podem ter seus contratos regularizados e nomes retirados dos cadastros restritivos, com descontos que chegam a até 99%.
A decisão pelo adiamento foi tomada considerando a situação de calamidade pública que aflige o Rio Grande do Sul. O estado teve apenas 26,8% das adesões estimadas realizadas até agora. Pedidos de prorrogação foram apresentados por estudantes que perderam seus documentos e bens devido ao alagamento de suas casas.
O Desenrola Fies oferta descontos na renegociação das dívidas do Fundo de até 99%. Desde que o Desenrola Fies foi lançado, em novembro de 2023, beneficiou mais de 280 mil pessoas e já renegociou quase R$ 13 bilhões em dívidas. As transações são referentes aos contratos firmados até 2017 e com débitos em 30 de junho de 2023,?abrangendo?contratos em?todos os?estados?brasileiros.
A?medida?do governo demonstra um compromisso contínuo em proporcionar alívio financeiro e oportunidades de recomeço para aqueles impactados por dívidas educacionais.?Antes do adiamento, o prazo inicial para aproveitar as condições especiais de renegociação do?Desenrola?Fies?terminava em 31?de?maio de 2024.?
Fies?
O Fundo de Financiamento Estudantil?(programa do MEC instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001)?visa?conceder financiamento a estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas aderentes ao programa e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Desde 2018, o?Fies?possibilita juros-zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato.
Pode se inscrever no Fundo?o candidato que tiver?participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, tiver?obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos, além de nota superior a zero na redação. Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três?salários mínimos.