SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O número de mortos em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul chegou a 171 na manhã deste sábado (1º), quando a Defesa Civil do estado confirmou mais dois óbitos, após uma semana sem registrar aumento de mortes.
Ainda há 43 desaparecidos, e mais de 617 mil pessoas continuam fora de suas casas -cerca de 13 mil a menos do que o registrado no início da semana passada.
São mais de 580 mil desalojados e 37,8 mil em abrigos -esse número atingiu seu pico em 12 de maio, quando 81,2 mil estavam em abrigos. A quantidade de pessoas nessa situação é maior que as populações de 451 cidades do estado, que tem 497 municípios ao todo, o que representa, portanto, 90% das cidades gaúchas.
São considerados desabrigados aqueles que tiveram a casa destruída e precisaram de abrigo do poder público.
Já os desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público -pode ter ido para casa de parentes, por exemplo) representam 5,3% dos 10.882.965 habitantes do Rio Grande do Sul, segundo dados do Censo Demográfico de 2022.
O pico de desalojados foi em 23 de maio, com 581.643 pessoas fora de casa.
O nível do lago Guaíba ficou abaixo da cota de inundação entre esta sexta-feira (31) e este sábado. A medição apontou 3,57 metros, às 6h30, na Usina do Gasômetro, na região central de Porto Alegre. Às 8h15, estava em 3,55 m.
Esta é a primeira vez que isso ocorre em um mês. A cota de inundação neste ponto de medição é de 3,6 metros. A cota de alerta no local é de 3,15 metros.
Mais de um mês após as fortes chuvas que atingiram o estado, foram confirmados sete óbitos por leptospirose. Já o número de casos confirmados da doença chegou a 141, entre cerca de 2.300 notificações de casos suspeitos.
Moradores de Porto Alegre começaram a voltar para suas casas, apesar de bairros da zona norte da cidade ainda estarem alagados.
Em áreas mais centrais da cidade, como Centro Histórico, Menino Deus e Praia de Belas, a água baixou e é possível observar pessoas limpando prédios e lojas, embora ainda existam alagamentos em vias mais próximas do lago Guaíba. Também há barro e entulho espalhados por calçadas.
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