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James Webb captura imagem mais clara dos anéis de Netuno em 30 anos


Além dos anéis do planeta mais distante do Sol no sistema solar, 7 das 14 luas conhecidas de Netuno aparecem nítidas nas imagens. Estão visíveis Galatea, Naiad, Thalassa, Despina, Proteus, Larissa e Triton.

O planeta é conhecido como gigante de gelo devido à composição química do interior. Netuno já foi capturado em imagens do telescópio Hubble, que registrou o astro na cor azul. A coloração se deve a presença de pequenas quantidades de metano na forma gasosa, segundo a Nasa.

A imagem mostra a lua Triton com um brilho intenso. Isso se deve à Triton refletir cerca de 70% da luz solar que chega até ela.

"O brilho de Triton supera em muito Netuno nesta imagem porque a atmosfera do planeta é escurecida pela absorção de metano. Triton orbita Netuno de forma incomum, para trás (retrógrada), levando astrônomos a especularem que esta lua era originalmente um objeto do cinturão de Kuiper e que foi capturado gravitacionalmente por Netuno", diz comunicado da Nasa.

Na segunda (19), a Nasa e a ESA (Agência Espacial Europeia) divulgaram as primeiras imagens de Marte capturadas pelo Webb. As imagens foram feitas em 5 de setembro e são de uma região do hemisfério oriental do planeta.

O Webb levou duas décadas para ficar pronto e custou mais de US$ 10 bilhões. A missão do telescópio é enxergar mais longe e permitir que astrônomos vejam as primeiras galáxias do Universo.

O telescópio foi lançado em 25 dezembro de 2021 e passou seis meses em comissionamento no espaço -quando o equipamento é preparado para uso, já no espaço. O foco do Webb é a captura de luz infravermelha, mas o equipamento terá diversos usos, como o estudo de objetos dentro e fora da nossa galáxia, a Via Láctea, e astros do próprio Sistema Solar, como aconteceu com Marte e Netuno.

O infravermelho da NIRCam (Near-Infrared Camera, em inglês) do telescópio espacial foi justamente o que possibilitou a visão inédita dos anéis e luas de Netuno. De acordo com a Nasa, a câmera cria objetos na faixa do infravermelho, o que possibilita ver Netuno sem a coloração azul característica do telescópio Hubble.

"O gás metano absorve tão fortemente a luz vermelha e infravermelha que o planeta fica escuro nesses comprimentos de onda do infravermelho, exceto onde nuvens de alta altitude estão presentes. Essas nuvens de gelo de metano são proeminentes como listras e manchas brilhantes, que refletem a luz solar antes de ser absorvida pelo gás metano", diz o comunicado desta quarta.

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