Segundo a polícia, o evento foi organizado por Manolo, em parceria com o proprietário do Autódromo. O diretor administrativo do local, Sandro Moura, disse que a reunião ocorreu de forma legal e que havia socorristas de plantão no local. Influencer e empresário Manolo
Reprodução/Instagram
O influencer digital e empresário Manolo, de 40 anos, um dos responsáveis por organizar o "Motor Sound Brasil", vai responder por homicídio simples, em caso de acidente automobilístico com vítima, afirmou a Polícia Civil. Na madrugada deste domingo (2), um motociclista de 20 anos morreu após bater em outra moto, onde estava um casal, enquanto ambos faziam manobras. Ninguém usava capacete.
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Manolo tem mais de 100 mil seguidores nas redes sociais. O g1 tentou contato com o influencer, mas não obteve retorno até a publicação.
A polícia afirmou que o evento foi organizado em parceria com o proprietário do Autódromo de Campo Grande. O diretor administrativo do local, Sandro Moura, disse que o Motor Sound Brasil ocorreu de forma legal e que havia socorristas de plantão no local.
"A gente aluga o Autódromo para o pessoal fazer o evento, mas era tudo legal. O pessoal tem que apresentar a papelada, tanto é que tinha ambulância, bombeiro, segurança no evento, como é sempre feito", afirma Sandro.
Em fevereiro deste ano, um policial militar, de 33 anos, foi atropelado por um motociclista durante um evento na Avenida Afonso Pena, que também tinha sido organizado por Manolo.
O caso
Segundo o boletim de ocorrência, o jovem bateu em outra moto onde estava um casal, enquanto ambos faziam manobras, mas ainda não foi possível apontar quem ocasionou o acidente.
Os socorristas que estavam no evento atenderam a vítima, mas ele morreu a caminho do hospital, na BR-262. O casal que estava na outra moto também ficou ferido. Um deles foi levado para a UPA Coronel Antonino e o outro, em estado mais grave, para a Santa Casa de Campo Grande.
Anúncio do evento em Campo Grande
Reprodução/Instagram
O boletim de ocorrência aponta que o evento "mesclava som automotivo, intensa bebedeira e pilotagem de motos com manobras, sem orientações em relação aos crimes de trânsito, sem uso de capacetes e sem fiscalizações".
Testemunhas afirmaram que o evento ocorria em duas etapas: a primeira era onde se encontravam sons automotivos, e a segunda era realizada aos fundos, na pista, onde as motos faziam manobras. A polícia estima que estavam no local 2 mil pessoas e a entrada custava R$ 20 por pessoa e R$ 20 por veículo.
Quando a equipe policial estava chegando ao Autódromo, os policiais presenciaram vários veículos fugindo do local. Inclusive, um deles estava rebocando uma moto danificada, que parecia ter se envolvido no acidente.
Evento no Autódromo de Campo Grande misturou bebida com manobras perigosas
Os agentes abordaram o carro e o motorista disse que estava levando a moto para entregar para a família do dono, a pedido do organizador do evento. Contudo, a polícia mandou o veículo retornar para o evento, para que fosse realizada perícia na motocicleta.
No entanto, enquanto os agentes ouviam testemunhas, o motorista que foi flagrado rebocando a moto fugiu do local.
Defesa: A reportagem entrou em contato com a direção do Autódromo a respeito do acidente e do evento. Segundo o diretor administrativo Sandro Moura, o encontro era legalizado.
"A gente aluga o Autódromo para o pessoal fazer o evento, mas era tudo legal. O pessoal tem que apresentar a papelada, tanto é que tinha ambulância, bombeiro, segurança no evento, como é sempre feito", afirma Sandro.
Evento no Autódromo de Campo Grande misturou bebida com manobras perigosas
Redes sociais
Ainda conforme o diretor, a vítima caiu de uma moto. "Ele caiu aqui, a ambulância pegou e levou ele", aponta o diretor.
O jovem aparece em suas redes sociais empinando motocicletas, além de deixar registrado que é "apaixonado por moto".
O caso foi registrado na Depac-Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no Tiradentes.
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