O conflito entre Israel e Hamas, que completa oito meses no próximo dia 7, levou alguns países, sendo quatro deles da União Europeia, a reverem seus julgamento e passarem a reconhecer a Palestina como Estado. Os primeiros que tomaram essa iniciativa foram: Espanha, Irlanda e Noruega, no final do mês de maio. Nesta terça-feira (4) a Eslovênia se juntou a eles e também passou a reconhecer a Palestina como Estado. Essas decisões, tem gerado irritação dos israelenses, que já disseram que essa iniciativa é uma 'recompensa ao terrorismo'. “Um Estado palestino será um Estado terrorista [que] tentará repetidamente cometer o massacre de 7 de outubro, e não permitiremos isso", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A decisão desses países europeus, fizeram com que eles rompessem com a política de grande parte do Ocidente, como de Estados Unidos, Canadá, maioria dos países da Europa Ocidental, Austrália, Japão e Coreia do Sul. Washington, um aliado de Israel, usou o seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU em meados de abril e bloqueou uma resolução para que os palestinos aderissem às Nações Unidas como um membro pleno.
A eclosão da guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza, após o ataque do grupo islamista ao território israelense em 7 de outubro, reavivou os apelos ao reconhecimento de um Estado palestino. Antes mesmo do conflito começar, já haviam outras nações que reconheciam a Palestina, incluindo o Brasil. Mais precisamente, três quartos dos países do mundo reconhecem o Estado palestino que foi proclamado pelos líderes no exílio há mais de 35 anos. O reconhecimento, que enfureceu Israel, eleva para 146 o número de países que reconhecem o Estado palestino, de um total de 193 membros das Nações Unidas.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou em fevereiro que o reconhecimento de um Estado palestino "deixou de ser um tabu". Já o ministro francês das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, reiterou nesta terça-feira que considera que esta decisão deve ocorrer "no momento imediato". Malta declarou em março que estão “dispostos” a reconhecer o Estado palestino, “quando surgirem as circunstâncias certas”. A Palestina foi proclamada como Estado independente com Jerusalém como capital em 15 de novembro de 1988 pelo líder palestino Yasser Arafat. Minutos depois do anúncio em Argel, durante uma reunião do Conselho Nacional Palestino no exílio, várias nações passaram a reconhecer a Palestina, umas mais cedo outra mais tarde. Algumas delas são:
*Com informações da AFP