A Prefeitura de São Paulo entrou com uma ação na Justiça do Trabalho para garantir que durante a greve dos funcionários das empresas de ônibus da capital, marcada para sexta-feira (7), a frota opere com 100% dos veículos nos horários de pico e 80% nos demais períodos do dia. A ação foi movida pela SPTrans e pela Procuradoria Geral do Município (PGM) no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região e pede multa de R$ 1 milhão em caso de descumprimento. O desembargador Davi Furtado Meirelles convocou uma audiência de conciliação entre as partes, o sindicato dos trabalhadores (SindMotoristas) e o sindicato patronal (SPUrbanus), para esta quarta-feira (5), às 16h. Os representantes do SindMotoristas afirmaram que acatarão qualquer decisão da Justiça e garantiram que cumprirão as determinações, sem intransigência.
A greve, decidida em assembleia pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas), está prevista para começar à 0h de sexta-feira e durar 24 horas. Cerca de 60 mil funcionários, incluindo motoristas, cobradores e operadores, devem paralisar suas atividades, afetando as linhas de ônibus estruturais e regionais. A SPTrans informou que a cidade de São Paulo possui 1.304 linhas operadas pelas concessionárias e a greve pode impactar aproximadamente 4,3 milhões de passageiros que utilizam o transporte diariamente. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão um reajuste salarial de 3,69% calculado pelo IPCA-IBGE, mais 5% de aumento real nos vencimentos e a reposição das perdas salariais durante a pandemia.