Durante a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado, nesta quarta-feira (5), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que não há provas de manipulação de partidas do Campeonato Brasileiro. A mandatária do Verdão foi ouvida como testemunha após acusações de John Textor, dono do Botafogo, sobre supostos resultados combinados em jogos do Palmeiras em 2022 e 2023. Leila classificou as acusações de Textor como “irresponsáveis” e “criminosas”, e pediu que o desafeto seja banido do futebol brasileiro. “Essas denúncias afetam não só o Palmeiras, mas toda a credibilidade do futebol brasileiro”, declarou. Ela declarou que as desavenças com Textor começaram após a vitória do Palmeiras por 4 a 3 sobre o Botafogo no Brasileirão do ano passado. “Ele precisa provar o que está dizendo.
Questionada pelo senador Romário (PL-RJ) sobre jogadores envolvidos em apostas, Leila defendeu punições severas. “Eu sou a favor do banimento. Sem punição severa, não se chega a lugar nenhum”, disse. O convite para a palmeirense participar da CPI foi feito pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), mas o encontro fora adiado várias vezes. John Textor foi o primeiro a falar na CPI, em 22 de abril, afirmando que a manipulação de resultados é uma realidade no futebol, citando exemplos da Europa. Contudo, ele não conseguiu comprovar as acusações. Durante a sessão, houve um momento de tensão quando Kajuru fez uma piada sobre a única mulher na comissão, a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT). “Representando as mulheres, ela, que gosta de futebol. Normalmente mulher vai ao estádio e pergunta quem é a bola. Não é o seu caso”, disse o presidente da comissão à parlamentar. Leila fez questão de lembrar que há uma mulher presidindo um clube da Série A. O senador, então, respondeu de forma descontraída: “Kajuru, cale a boca Kajuru”.