Fiems: "Não podemos aceitar calados", diz Longen sobre aumento da carga tributária ao setor produtivo
O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgio Longen, concedendo entrevista ao vivo a programa de rádio de Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (10), falo sobre reforma tributária, desafios ao crescimento econômico e ações realizadas pelo Sistema Indústria para estimular o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.
O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgio Longen, concedendo entrevista ao vivo a programa de rádio de Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (10), falo sobre reforma tributária, desafios ao crescimento econômico e ações realizadas pelo Sistema Indústria para estimular o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.
Uma das falas do representante do patronato industrial de MS, que chamou atenção e marcou as repostas foi: “Não podemos aceitar calados”, diz Longen sobre aumento da carga tributária ao setor produtivo no Brasil.
Na visão do presidente da Fiems, é preocupante o fato de o governo federal elevar a carga de impostos sobre o setor produtivo como forma de gerar receita, prejudicando a competitividade da indústria.
"Estamos nos ajustando com a reforma tributária aprovada pelo Congresso Nacional. Temos feito reuniões técnicas com a equipe da secretaria de Fazenda para discutir a competitividade dos setores industrial e comercial em nível estadual. De repente, o governo federal começa a cobrar mais impostos da sociedade. O imposto acaba indo para o produto, mas o governo não está preocupado com isso. Estamos reclamando porque não é simplesmente repassar o imposto. É a competitividade dos nossos produtos que está em jogo", afirmou.
Detalhando
Ao citar ações recentes adotadas pelo governo federal, como a tentativa de reonerar a folha de pagamento e a edição de medida provisória que mexe na compensação do PIS/Cofins, Longen questionou o controle dos gastos públicos.
"O gasto público vem tomando proporções inaceitáveis no Brasil. O caso da desoneração da folha de pagamento foi um absurdo. O governo não tinha essa receita no planejamento econômico, e de repente vai lá e aprova. Aí a classe política analisou e votou. O governo foi derrotado na sua proposta e recorreu ao judiciário. Agora ele manda outro imposto, por meio da MP 1227. O ministro Fernando Haddad está fazendo a parte dele, que é buscar recursos para o equilíbrio fiscal, mas o governo federal não tem feito a sua parte, que é a redução das despesas públicas, e isso é muito preocupante", declarou.
Ainda falando sobre a reforma tributária, o presidente da Fiems orientou os empresários a se adaptarem à nova realidade e conclamou os parlamentares sul-mato-grossenses para que defendam os interesses de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional.
"A reforma tributária foi aprovada, falta ser regulamentada. Precisamos fazer ajustes de operação e nos adaptar a ela. Não adianta ficar revoltado, não vai resolver. O Congresso Nacional já aprovou e o presidente sancionou. Estamos contando os prazos para o início da mudança. Temos que nos adaptar, chega de choro. O que não podemos aceitar calados é ver o governo federal, no meio do jogo, avançar de forma desonesta, jogando impostos dessa natureza para a produção, matando setores. Dependemos dos nossos parlamentares para assumir o compromisso com o nosso Estado", disse.