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Pantanal: Exército ajuda no combate as queimadas em MS; nuvem de fumaça encobre a cidade

Queimadas, que começaram mais cedo neste ano, saltaram mais de 1100% no bioma em comparação com 2023.

Por Midia NAS em 14/06/2024 às 14:58:56
Queimadas, que começaram mais cedo neste ano, saltaram mais de 1100% no bioma em comparação com 2023. Mais de 90 militares atuam no combate às chamas. Corumbá amanheceu encoberta por uma névoa espessa de fumaça

Divulgação

Militares do Exército Brasileiro atuam em conjunto com o Corpo de Bombeiros no combate aos incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul. As queimadas, que começaram mais cedo neste ano, saltaram mais de 1100% no bioma em comparação com 2023. Em razão do fogo, imagens mostram uma densa nuvem de fumaça que cobriu a região do Forte Coimbra, em Corumbá (MS).

O Comando Militar do Oeste (CMO), informou que militares da 18° Brigada de Infantaria de Pantanal atuam com o Corpo de Bombeiros no controle de focos de incêndio nas proximidades do Forte Coimbra. Imagens mostram que a região amanheceu encoberta por uma névoa espessa de fumaça nesta sexta-feira (14), causada pelas queimadas.

Um vídeo gravado no Forte Coimbra mostra as chamas se espalhando pela vegetação nativa. O Corpo de Bombeiros informou que na região duas guarnições monitoram e combatem focos de incêndio em dois locais diferentes. Além dos militares em solo, a aeronave Air Tractor ajuda no reconhecimento dos focos e no combate pelo ar.

Exército ajuda no combate a queimadas no Pantanal

De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), até maio deste ano, 332 mil hectares do bioma foram consumidos pelas chamas. O Pantanal tem 16 milhões de hectares.

A extensão destruída entre janeiro e maio superou em 39% o registrado no mesmo período de 2020, o pior ano da série histórica até então. Desde janeiro de 2024, uma área duas vezes maior que o tamanho da cidade de São Paulo já queimou no Pantanal, conforme o Lasa-UFRJ.

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Operação Pantanal

A Operação Pantanal foi deflagrada em abril deste ano e está em seu 73º dia de ação no combate às chamas no bioma. Só no mês de junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já registrou mais de 733 focos de queimadas no Pantanal. É o maior número de queimadas para o mês de junho desde o começo do monitoramento, em 1998.

Ao todo, 96 militares estão envolvidos na operação, sendo 83 bombeiros militares do comando de operações e guarnições de combate, 3 bombeiros que operam a aeronave Air Tractor e 10 militares do Exército Brasileiro atuam na operação em conjunto.

Bombeiros combatem incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

CBMMS/Reprodução

Para especialistas, a escalada do fogo em 2024 caminha para um cenário semelhante ao de 2020, até então o pior ano para o Pantanal desde o fim da década de 1990. O representante da ONG SOS Pantanal, o biólogo Gustavo Figueirôa, vê com muita preocupação o aumento das chamas e o início de um período mais seco no bioma.

"Vemos estes incêndios se alastrando de forma muito rápida, ganhando uma força grande e a tendência é só piorar daqui para frente. Acho que esse é o sinal para que os órgãos públicos ajam em conjunto, cooperem para atuar quanto antes, não esperar a situação sair completamente fora de controle para tentarem atacar só na remediação", pontua Figueirôa.

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Tags:   Polícia
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