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Política

Gaeco: delator diz que secretário cobrava 10% de tudo que a prefeitura pagava

Delação premiada do ex-servidor da Prefeitura do Município de Sidrolândia, Tiago Basso, revelou que o ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia e atual vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, cobrava 10% de todos os contratos firmados pela Prefeitura.


Foto: Investiga MS

Delação premiada do ex-servidor da Prefeitura do Município de Sidrolândia, Tiago Basso, revelou que o ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia e atual vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, cobrava 10% de todos os contratos firmados pela Prefeitura.

 Na delação premiada feita ao Gaeco, Tiago detalha que este recurso voltava para Claudinho Serra, citando como exemplo as empresas Coptec; Marcondes; 3M e Rocamora. Segundo Tiago, Claudinho recebia os 10% e outros valores, dependendo da necessidade dele.

"Se precisasse de dinheiro ou um item, pagava com nota da Prefeitura", afirmou Tiago, dizendo que era responsável por emitir empenhos com o dobro do valor. Ele calcula que, aproximadamente, R$ 100 mil por mês eram emitidos em notas frias.

Segundo o delator, a prefeitura era obrigada a contratar com a Rocamora, o que levou a atender 60% de todos os contratos, que depois também foram divididos para Marcondes (30%) e (3M).

O delator afirma que o esquema já existia desde 2019, em menor movimento, mas começou a se intensificar no governo da atual prefeita, Vanda Camilo, sogra de Claudinho, que o nomeou como secretário de fazenda.

Tiago explica que Ueverton da Silva Macedo, conhecido como Frescura, era o responsável por levar os 10%  pessoalmente para Claudinho Serra. Isso aconteceu até ele entrar, quando passou a efetuar esta tarefa. Geralmente, os fiscais de contrato que atestavam. "Ou você atesta esta nota, ou vou colocar alguém no seu lugar que atesta. Isso era imposto por todo mundo ali. Ou você atesta ou coloco outra pessoa, se você não quer atestar. E se for indicado de um vereador, que não quero te mandar embora, vai cumprir o horário de trabalho em casa. Não precisa nem vir trabalhar", contou.

O ex-servidor afirma que as cartas convites da prefeitura sempre eram direcionadas, com empresas indicadas por quem fazia o acordo, em determinações de cima para baixo. Segundo Basso, os responsáveis pelos setores de compra eram proibidos de fazerem o que era certo, já que tudo já chegava pronto e direcionado.

Denúncia

Denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual, na terceira fase da Operação Tromper, apontaram que o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, era o responsável por chefiar suposta quadrilha instalada em Sidrolândia.

"Das provas angariadas, ficou constatado que Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho é o mentor e responsável pela articulação dos esquemas relacionados à fraudes em processos licitatórios, desvios de recursos públicos pagamentos/recebimentos de propina que envolvem os já denunciados Ueverton da Silva Macedo e Ricardo José Rocamora Alves", diz parte da acusação.

Segundo o MPE, foram reveladas várias provas concretas da existência outros esquemas chefiados por Cláudio Serra que estão em pleno funcionamento, denotando-se a firme e ininterrupta atuação criminosa que há anos atua no Municipio de Sidrolândia, fraudando licitações e contratos públicos, corrompendo servidores públicos e causando enorme prejuízo ao erário público.

Na ocasião, o juiz acatou pedido de prisão de oito suspeitos de envolvimento: Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho; 2) Carmo Name Júnior; 3) Ueverton da Silva Macedo; 4) Ricardo José Rocamora Alves; 5) Milton Matheus Paiva Matos; 6) Ana Cláudia Alves Flores; 7) Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa; 8) Thiago Rodrigues Alves.

O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva também autorizou busca e apreensão em 28 locais:

1) Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, 2) Carmo Name Júnior; 3) Ueverton da Silva Macedo; 4) Ricardo José Rocamora Alves; 5) Milton Matheus Paiva Matos: 6) Ana Cláudia Alves Flores: 7) Marcus Vinicius Rossentini de Andrade Costa: 8) Thiago Rodrigues Alves; 9) Luiz Gustavo Justiniano Marcondes; 10 Jacqueline Mendonça Leiria, 11) MP Assessoria e Cnsultoria e Serviços Ltda; 12) Rafael Soares Rodrigues; 13) Paulo Vitor Famea: 14) Heberton Mendonça da Silva; 15) Roger William Thompson Teixeira de Andrade; 16) Roberta de Souza, 17) Valdemir Santos Monção; 18) Cleiton Nonato Correia; 19) GC Obras de Pavimentação Asfaltica Ltda: 20) Edmilson Rosa: 21) Ar Pavimentação e Sinalização: 22) Fernanda Regina Saltareli: 23) CGS Construtora e Serviços: 24) Izaquel de Souza Diniz (Gabriel Auto Car), 25) Yuri Morais Caetano, 26) Maxilaine Dias de Oliveira (pessoa física); 27) Maxilaine Dias de Oliveira LTDA (pessoa juridica); 28) Jânio José Silvério.

Provas

Segundo a denúncia, "é possível verificar o mesmo modus operandi, em cada licitação apontada, de modo que, assim que Cláudio Serra Filho precisasse de dinheiro, para si ou para outros membros da organização, prontamente surgia a necessidade de um bem ou de um serviço, a emissão de uma nota fiscal possivelmente forjada por algum dos empresários envolvidos, o empenho, o pagamento pela Prefeitura de Sidrolândia e

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