Modalidades que podem se tornar esportes Olímpicos no futuro

Em 1896, quando Atenas recebeu a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, foram disputadas apenas nove modalidades, com somente 241 competidores. Em contraste, nas Olimpíadas de Paris 2024, 32 modalidades foram inscritas e com a presença de 10.500 atletas.

Mesmo com tantas competições e um grande número de atletas nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, é consenso que ainda há espaço para a entrada de novas modalidades nos Jogos.

Afinal de contas, esportes populares como poker, futsal e sinuca reúnem os requisitos para integrar às Olimpíadas e estão pedindo passagem ao Comitê Olímpico Internacional (COI) há anos, lutando para serem inseridos no quadro de competições o quanto antes.

Poker

Desde 2009, o poker é classificado como um jogo de habilidade pela International Mind Sports Association (IMSA). E como a IMSA é reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), abriu-se a possibilidade dessa modalidade de cartas se tornar um esporte olímpico.

Dessa forma, a International Match Poker Federation (IFMP) vem pressionando o COI para que uma versão de disputa em equipe da modalidade, chamada Match Poker, seja incluída futuramente nos Jogos.

Vale ressaltar que os limites e as regras do poker tradicional são o pilar para os principais conceitos de disputa da grande maioria das competições da mobilidade. No entanto, para se encaixar nas diretrizes de um esporte olímpico, o jogo sofreria algumas adaptações e seria disputado da seguinte forma:

• Cada nação teria quatro competidores sentados em mesas distintas e posições diferentes;
• Cada mesa receberia a mesma mão;
• Os competidores não iriam disputar entre si na mesma mesa, mas sim contra oponentes nas mesmas posições e em mesas distintas.

Na prática, o vencedor é o time que tem o maior nível de habilidade para superar os adversários. E como o Brasil é uma das maiores potências de poker do mundo, seria muito interessante, para nós brasileiros, ter o poker como esporte olímpico.

Futsal

Uma das questões mais inerentes na comunidade do futsal é a seguinte: "Por que o futsal não é um esporte Olímpico?"

O futsal, tal como o futebol, é praticado em todos os cantos do mundo. Além disso, é um dos esportes mais populares da América do Sul e do Sul da Europa a nível profissional, com crescimento exponencial na África e na Ásia.

Sendo assim, a principal justificativa para que ele ainda esteja fora do quadro de modalidades Olímpicas é que esse movimento não seria interessante para a FIFA (entidade máxima do futebol e do futsal), pois diminuiria a relevância da Copa do Mundo de Futsal, que é disputada no mesmo ano dos Jogos Olímpicos.

Para o Brasil, atual campeão da Copa América de Futsal, a modalidade nas Olimpíadas acarretaria uma grande chance de medalha. É válido destacar que, em nove edições de Copa do Mundo de Futsal da FIFA, o Brasil venceu cinco delas.

Sinuca

Modalidade praticada em muitas nações, a sinuca é muito conhecida pelos brasileiros, que têm nesse esporte uma atividade de hobby no tempo livre.

Todavia, em países como Estados Unidos, Reino Unido e China, a sinuca é praticada profissionalmente em altíssimo nível, com grande apelo popular.

Após não ter entrado para os Jogos de 2020, em Tóquio, esperava-se que a modalidade conseguisse o tão sonhado espaço como esporte Olímpico para Los Angeles 2024, algo que não aconteceu. Dessa forma, a Associação Mundial Profissional de Bilhar e Snooker (WPBSA) e a Federação Mundial de Snooker (WSF) têm trabalhado em conjunto para tentar convencer o COI a incluir a sinuca como esporte Olímpico.

Para ficar de olho: novas modalidades confirmadas nos Jogos Olímpicos de 2028

Em outubro de 2023, o Comitê Olímpico Internacional confirmou a inclusão de cinco esportes para as Olimpíadas de Los Angeles 2028, são eles: críquete, flag football, squash, beisebol/softball e lacrosse.

Segundo o presidente do COI, Thomas Bach, a decisão de inserir grande parte dessas modalidades está alinhada com a cultura esportiva estadunidense, que terá a oportunidade de mostrar, mais uma vez, esportes icônicos ao mundo.