O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu limitar o trabalho da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Cracolândia, gerando reações diversas. O prefeito Ricardo Nunes anunciou que a prefeitura recorrerá da decisão. Em entrevista à Jovem Pan, o ex-secretário de São Paulo, Andrea Matarazzo criticou a medida, classificando-a como absurda. Segundo ele, a decisão favorece o tráfico de drogas e prejudica a segurança dos moradores da região dos Campos Elíseos. Matarazzo destacou a importância da presença da GCM na Cracolândia, afirmando que a área não é ocupada apenas por dependentes químicos, mas também por traficantes. Ele defendeu um trabalho coordenado entre a GCM, a Secretaria de Desenvolvimento Social e a Secretaria de Saúde para enfrentar o problema.
Matarazzo elogiou uma recente ação da Polícia Militar que desocupou estabelecimentos comerciais usados pelo tráfico, como bares e ferro-velhos, e considerou essa abordagem essencial para resolver a situação. A instalação de gradis pela Prefeitura de São Paulo para abrir o espaço do asfalto na Cracolândia também foi discutida. Matarazzo argumentou que a medida é necessária para garantir a segurança dos moradores e comerciantes locais. Ele criticou a visão de que a ação seria higienista, afirmando que é fundamental assegurar o direito de ir e vir dos cidadãos. “É preciso oferecer também tratamento de saúde para o dependente químico, que é uma vítima. 90% dos dependentes químicos pedem internação ou alguma saída para eles”, afirmou Andrea.
Publicado por Luisa Cardoso